INFECÇÕES RELACIONADAS A ASSISTÊNCIA A SAÚDE DE PACIENTES COM HIV/AIDS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO NORDESTE BRASILEIRO |
Apesar da terapia antirretroviral ter proporcionado aumento na sobrevida às pessoas vivendo com HIV/AIDS, ainda é grande a necessidade de internação, sendo que a fragilidade do sistema imunológico desses pacientes expostos à virulência desta microbiota, representa um risco constante de infecção. Objetivou-se caracterizar a população soropositiva para HIV exposta a infecção relacionada a assistência a saúde (IRAS), bem como identificar os principais patógenos e os sítios de infecção. É um estudo descritivo, prospectivo realizado em um hospital estadual especializado para o atendimento de paciente com HIV/AIDS. A amostra foi constituída por pacientes internados com diagnostico HIV/AIDS que tiveram evidência de IRAS. Diagnostico realizado por hemocultura, urocultura, cultura de tecido, líquido pleural ou secreção traqueal. Em 2017, foram internados 178 pacientes HIV positivos sendo 68% do sexo masculino e idade média de 36,9 anos ( + 10,7). Quanto a sua origem, 20,78% foram oriundos de São Luis-MA, tendo lavrador (15,64%) como profissão predominante. A principal causa de internação foi infecção por Leishmaniose Visceral (12,35%) seguida de Tuberculose (6,17%) e Toxoplasmose (5,61%). No total foram 24 pacientes com 39 episódios de infecção, tendo como principais agente infecciosos as bactéria Gram-negativas (54,3%) sendo K.pneumoniae e A.baumanii os agentes mais prevalentes e dentre as Gram-positivas SCN foram os mais isolados, os agentes fungicos isolados em 21,7% apresentaram C.albicans , C.tropicalis , C.parapsilosis , C.neoformans e C.krusei como principais agentes. Infecções bacterianas e fúngicas são problemas crescentes, aumentando o risco principalmente em paciente HIV positivos sendo necessário conhecer o perfil de sensibilidade e resistência destes micro-organismos em infecções nesta população. |