O impacto da infecção por malária segundo a faixa etária, sexo e etnia nas regiões brasileiras de 2007 a 2017.
CAMYLLA SANTOS DE SOUZA, FELIPE DE SOUSA OLIVEIRA , AILTON JOSÉ DE SOUZA JUNIOR , LUCCAS RIBEIRO MESQUITA, PATRICIA FRAGA PAIVA, CAROLINA FRAGA PAIVA, JOÃO DAVID DE SOUZA NETO
1. UPE - Universidade de Pernambuco, 2. UNICHRISTUS - Centro Universitário Christus, 4. UFC - Universidade Federal do Ceará, 5. HM - Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, 6. UEL - Universidade Estadual de Londrina, 7. SUPREMA - Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz Fora , 8. UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro
ailton-junior-bs@hotmail.com

INTRODUÇÃO : As doenças de notificação compulsória devem ser imediatamente comunicadas, através das fichas do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), por qualquer profissional da saúde ou cidadão, às autoridades sanitárias. A aparição desses agravos, numa determinada região, pode denotar a ineficiência de ações epidemiológicas. A malária, transmitida pela fêmea do Anopheles , acomete, em sua maioria, a população rural da região amazônica e, por muitas vezes, acaba sendo pouco diagnosticada por fatores socioeconômicos e culturais. OBJETIVO: Descrever a estatística acerca da infecção por malária segundo a faixa etária, sexo e etnia nas regiões brasileiras nos últimos 10 anos. MÉTODO: Estudo quantitativo, populacional, descritivo, observacional e transversal, com pesquisa e análise de dados disponíveis na plataforma DATASUS, de 2007 a 2017 . RESULTADOS : No período analisado, o número de infecções por malária a nível nacional foi de 9.226 casos, sendo 4.772 (51,7%) deles na região Sudeste. A menor incidência foi registrada no Sul, apresentando 1.350 (14,6%) casos. A infecção por malária foi mais prevalente no sexo masculino (7.326 –79,4%), apresentado grande discrepância em relação ao feminino, que registrou 1900 (20,5%) casos. Em relação a faixa etária, a maioria dos acometidos foram adultos entre 20-39 anos, com 4.459 (48,3%), seguidos pela faixa entre 40-59 anos, apresentando 3.171 (34,3%) casos. Por outro lado, o grupo etário que apresentou menor número de infecções pelo protozoário foram idosos com 80 anos ou mais, manifestando apenas 27 casos, juntamente com crianças com idade inferior a 1 ano (70 casos). Quando analisada a etnia dos acometidos pela doença, o maior número ocorreu em pacientes de cor branca (4.171 – 45,2%), seguidos por pardos (3.225 – 34,9%) e negros (756 – 8,1%). Os pacientes indígenas foram os que apresentaram o menor número de casos em relação aos demais, com apenas 155. CONCLUSÃO: Os resultados apontaram uma concentração de casos no Sudeste, sendo mais prevalente em homens de etnia branca e da faixa etária adulta, o que pode estar relacionado a específicas condições territoriais e à regionalização dos serviços de saúde, que delimitam os espaços para a organização de ações. Assim, a fim de diminuir tais índices, infere-se a necessidade de investimentos na gestão em saúde e recursos humanos, além de ampla abordagem de orientação a população para a realização de ações de prevenção de forma individual e coletiva.



Palavras-chaves:  FAIXA ETÁRIA, MALÁRIA, SEXO, PERFIL EPIDEMIOLÓGICO