AVALIAÇÃO DO GRAU DE CONHECIMENTO DE IDOSOS SOBRE HIV/AIDS ATENDIDOS NO CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DO IDOSO (CAISI), SÃO LUÍS, MARANHÃO. |
A infecção pelo vírus HIV ainda permanece coberta por preconceitos e estereótipos, ainda que hoje a ideia de grupos de risco não tenha mais validade. Por outro lado, a maior longevidade da população, o aumento da qualidade de vida na terceira idade, e idosos com a vida sexualmente ativa com a ajuda de medicamentos, a recusa quanto ao uso de preservativos associados à adoção de outros comportamentos de risco tem provocado um aumento de casos acima dos 50 e dos 60 anos. Dessa forma o grau de conhecimento, interesse e falta de informações sobre DST/ HIV/ AIDS torna essa faixa etária um grupo vulnerável às doenças sexualmente transmissíveis. Realizou-se um estudo, transversal, descritivo, quantitativo e analítico no Centro de Atenção Integral a Saúde do Idoso (CAISI), São Luís – MA, com a amostra composta por 41 idosos escolhidos aleatoriamente. A maioria dos entrevistados (82,9%) sabe que o HIV é o vírus causador da AIDS, e que o mesmo pode ser identificado no laboratório (92,6%), embora 53,6% dos entrevistados terem respondido que a pessoa infectada com HIV sempre apresente sintomas da doença. 80,4% dos idosos participantes sabem que não ocorre transmissão do vírus mediante o compartilhamento de sabonetes, toalhas e sanitários, ou mesmo através de beijos no rosto, abraços ou utilização do mesmo copo/talheres, embora 34,1 % dos participantes acreditam que o vírus do HIV possa ser transmitido a partir da picada de mosquitos ou outros insetos. Positivamente, 100% dos idosos responderam que o compartilhamento de seringas e perfurocortantes é via de transmissão para o vírus, além de que 92,6% dos idosos sabem que o uso da camisinha durante as relações sexuais impede a transmissão do vírus. Convém notar, também, que ainda 12,1% dos idosos participantes seguem achando que a AIDS é uma doença restrita a homossexuais masculinos, usuários de drogas e profissionais do sexo, e 19,5% dos idosos que afirmaram que não precisam mais se preocupar com o HIV/AIDS, pois essa doença só atinge os mais jovens. Todavia, 80,4% dos entrevistados entendem que a doença é incurável apesar de possuir tratamento. O desenvolvimento do presente estudo permitiu uma análise do perfil epidemiológico de idosos atendidos no CAISI de São Luís-MA, além de avaliar o conhecimento dos mesmos acerca de diversos aspectos relacionados com a infecção pelo vírus HIV, tais como formas de transmissão, prevenção, tratamento, entre outros. |