AVALIAÇÃO DO GRAU DE CONHECIMENTO DE IDOSOS SOBRE HIV/AIDS ATENDIDOS NO CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DO IDOSO (CAISI), SÃO LUÍS, MARANHÃO.
CARLA DANIELLE ALMEIDA LIMA1, CONCEIÇÃO DE MARIA PEDROZO E SILVA DE AZEVEDO1, DARLENO DE SOUSA CAMELO1, YASMIM ANDRADE FRANCO1, ALINE MARIA DE LEMOS ARAUJO1, AMANDA SILVA GARCÊS FURTADO1, EMILLY DE JESUS GARCIA ATAIDE1, JOUBERT MAURÍCIO ARAÚJO CANTANHEDE1, LUCAS VINÍCIUS OLIVEIRA CAMPOS1, RANIERE VICTOR BRAGA NASCIMENTO1, THIEGO CASTRO FORTES1
1. UFMA - Universidade Federal do Maranhão
carla.lima05@hotmail.com

A infecção pelo vírus HIV ainda permanece coberta por preconceitos e estereótipos, ainda que hoje a ideia de grupos de risco não tenha mais validade. Por outro lado, a maior longevidade da população, o aumento da qualidade de vida na terceira idade, e idosos com a vida sexualmente ativa com a ajuda de medicamentos, a recusa quanto ao uso de preservativos associados à adoção de outros comportamentos de risco tem provocado um aumento de casos acima dos 50 e dos 60 anos. Dessa forma o grau de conhecimento, interesse e falta de informações sobre DST/ HIV/ AIDS torna essa faixa etária um grupo vulnerável às doenças sexualmente transmissíveis. Realizou-se um estudo, transversal, descritivo, quantitativo e analítico no Centro de Atenção Integral a Saúde do Idoso (CAISI), São Luís – MA, com a amostra composta por 41 idosos escolhidos aleatoriamente. A maioria dos entrevistados (82,9%) sabe que o HIV é o vírus causador da AIDS, e que o mesmo pode ser identificado no laboratório (92,6%), embora 53,6% dos entrevistados terem respondido que a pessoa infectada com HIV sempre apresente sintomas da doença. 80,4% dos idosos participantes sabem que não ocorre transmissão do vírus mediante o compartilhamento de sabonetes, toalhas e sanitários, ou mesmo através de beijos no rosto, abraços ou utilização do mesmo copo/talheres, embora 34,1 % dos participantes acreditam que o vírus do HIV possa ser transmitido a partir da picada de mosquitos ou outros insetos. Positivamente, 100% dos idosos responderam que o compartilhamento de seringas e perfurocortantes é via de transmissão para o vírus, além de que 92,6% dos idosos sabem que o uso da camisinha durante as relações sexuais impede a transmissão do vírus. Convém notar, também, que ainda 12,1% dos idosos participantes seguem achando que a AIDS é uma doença restrita a homossexuais masculinos, usuários de drogas e profissionais do sexo, e 19,5% dos idosos que afirmaram que não precisam mais se preocupar com o HIV/AIDS, pois essa doença só atinge os mais jovens. Todavia, 80,4% dos entrevistados entendem que a doença é incurável apesar de possuir tratamento. O desenvolvimento do presente estudo permitiu uma análise do perfil epidemiológico de idosos atendidos no CAISI de São Luís-MA, além de avaliar o conhecimento dos mesmos acerca de diversos aspectos relacionados com a infecção pelo vírus HIV, tais como formas de transmissão, prevenção, tratamento, entre outros.



Palavras-chaves:  Aids, HIV, Idosos