ARBOVIROSES NA I REGIÃO DE SAÚDE DE PERNAMBUCO: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA.
DAIANNY DE PAULA SANTOS 1, ANDREA TORRES FERREIRA1, DIANA MARCIA DOS SANTOS FERNANDES1, NÍVIA CARLA DE LIMA1, REGIANNE KEYSSI DOS SANTOS DE ARAÚJO1, VIVIANE MARIA RIBEIRO PINA1, ÂNGELA ROBERTA LESSA DE ANDRADE1
1. SES - PE - I GERES - Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco - I Gerência Regional de Saúde, 2. RMSC - SESAU - Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva da Secretaria de Saúde do Recife (SESAU)
DAIANNY.PS@HOTMAIL.COM

As arboviroses são doenças causadas por arbovírus, incluindo o vírus da Dengue, Febre Chikungunya e Zika Vírus. Essas doenças possuem similaridades como a questão de serem transmitidas por meio da picada do mosquito fêmea do gênero Aedes Aegypti e quadro sintomatológico semelhante de caráter febril agudo. De forma geral, as arboviroses são consideradas um desafio para a saúde pública devido à complexidade do controle ambiental do vetor e a crescente incidência e letalidade dos casos registrados no Brasil nos últimos anos. Pernambuco tem apresentado números elevados de casos e mais recentemente o surgimento de outras problemáticas envolvendo os arbovírus, como a Síndrome Congênita do Zika Vírus. Este estudo tem por objetivo descrever e analisar as informações epidemiológicas sobre arboviroses a partir de dados obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) versão Net e Online, na I Região de Saúde. Em 2017 foram notificados 7086 casos de dengue, com 3088 (43,6%) confirmados. A taxa de incidência por 100.000 habitantes foi baixa (0-100) em 90% municípios observados, sendo verificada a incidência média (100 - 300) e alta (300-303,0) em apenas dois municípios. A maior proporção de casos foi de dengue clássica (99,1%). Segundo o critério de classificação, 83,2% dos casos foram encerrados pelo clínico-epidemiológico, 9,8%ignorados/branco e apenas 7,0% por critério laboratorial. Com relação à chikungunya, foram notificados em 2017, 2229casos, com 1263 (56,7%) confirmados. A taxa de incidência por 100.000 habitantes foi baixa (0-100) em todos os municípios observados. Quanto à classificação, 56,7% dos casos foram confirmados, 43,3% descartados, 1,16% inconclusivos e 24,3% ignorado/branco. As maiores proporções de casos foram confirmadas pelo critério clínico epidemiológico (62,4%), 27,2% ignorado/branco e apenas 13,3% por critério laboratorial. É importante destacar na análise alguns entraves observados como variáveis ignoradas ou em branco presente nas fichas de notificação. Esse fato pode representar uma subnotificação dos casos e limitação na avaliação da realidade apresentada pelos municípios da I Região de Saúde. Assim, é importante o fortalecimento e sensibilização das ações de vigilância em saúde no processo de notificação, inserção e atualização dos dados no SINAN, assim como o monitoramento e propostas de medidas de prevenção e controle.



Palavras-chaves:  Dengue, Infecções por arbovírus, Vigilância em saúde pública, Perfil de saúde, Regionalização