PANORAMA DA INFECÇÃO POR SCHISTOSOMA MANSONI NO ESTADO DE PERNAMBUCO COM ÊNFASE NA REGIÃO AGRESTE
MYLENA VERSPEELT FIGUEIREDO 1, CAROLINE FERREIRA DOS SANTOS LEITE1, MARIA IZABELY SILVA PIMENTEL1, ANDRÉ FILIPE VIEIRA PEREIRA DA SILVA1, EDUARDO DA SILVA GALINDO1, DÉBORA MILENNA XAVIER ALMEIDA1
1. ASCES-UNITA - Centro Universitário Tabosa de Almeida
MYLENA49@HOTMAIL.COM

O Schistosoma mansoni é um helminto trematódeo causador da esquistosomosse. A Esquistossomose, doença popularmente conhecida como barriga d’água é uma infecção geralmente assintomática porem quando em suas formas graves pode causar complicações ao portador do parasito. O principal meio de infecção pelo esquistossomo é através do contato com as cercarias presentes nas águas doces, provenientes de caramujos gastrópodes aquáticos do gênero Biomphalaria. A doença pode se manifestar na fase aguda ou crônica, sendo a crônica a forma mais frequente nas áreas em que ocorrem mais casos no Brasil (Sudeste e Nordeste). Evidenciar o panorama da Esquistossomose no Estado de Pernambuco, com ênfase na região Agreste nos últimos anos. Trata-se de um estudo transversal, com análise de dados do Ministério da Saúde, plataforma Datasus e Scielo, assim como do Programa de Controle da Esquistossomose (PCE) divulgados pelo Governo Federal, contendo informações sobre a incidência da doença no estado de Pernambuco, em especial a região Agreste desse mesmo estado. O presente estudo foi realizado no período de janeiro a junho de 2018. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, nos últimos 3 anos, houve uma diminuição do número de casos de modo geral em todo o Brasil. Nos anos de 2015, 2016 e 2017 foram confirmados 6.442 casos 5.144 e 4.498 respectivamente. Em contrapartida os números da região Nordeste neste mesmo período não demonstraram uma diminuição tão considerável assim, havendo pouquíssima variação nos índices. Dentre os estados da região Nordeste, Pernambuco é segundo estado que mais apresenta ocorrências da doença, perdendo em números apenas para Bahia. No ano de 2017 foram notificados 233 casos da doença no Estado, sendo destes 97 apenas na região Agreste. A cidade que mais apresentou ocorrências foi a cidade de Toritama com 42 casos confirmados, caracterizando assim, um quadro de endemia. Tendo em vista que Pernambuco é um dos estados que apresenta a maior incidência da doença no Nordeste, e que a região Agreste é considerada uma área endêmica, é válido evidenciar que a Esquistossomose ainda se apresenta como um problema de saúde pública. Como houve diminuição no número dos casos de um modo geral em todo o país, o apelo para o estudo do tema tornou-se muito menor do que costumava ser, resultando na negligência por parte do Governo, que não disponibiliza programas de conscientização eficazes.

Epidemiologia dos Serviços de Saúde, Esquistossomose, Schistosoma mansoni



Palavras-chaves:  Epidemiologia dos Serviços de Saúde, Esquistossomose, Schistosoma mansoni.