AVALIAÇÃO DOS CONHECIMENTOS SOBRE PARASITOSES ZOONÓTICAS ENTRE PROPRIETÁRIOS DE CÃES E GATOS DOMÉSTICOS NO RIO DE JANEIRO.
IGOR FALCO ARRUDA 1, YASMIN ABI-CHAHIN MENDES1, LUIZ CLÁUDIO DE SOUZA ABBOUD1, RAISA PEREIRA BRAZ1, ALEX SANDER DA CRUZ MOREIRA1, VANESSA ORNELLA DOS SANTOS1, MARCIA MACEDO LIMA DANTAS1, ALYNNE DA SILVA BARBOSA1, PATRICIA RIDDELL MILLAR1, MARIA REGINA REIS AMENDOEIRA1
1. LABTOXO - IOC/FIOCRUZ - Laboratório de Toxoplasmose e outras Protozooses, Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz, 2. MIP - UFF - Departamento de Microbiologia e Parasitologia, Instituto Biomédico/Universidade Federal Fluminense, 3. IJV - SUBVISA - Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses
igor_falco@yahoo.com.br

As populações urbanas de animais de estimação, em especial de cães e gatos domésticos, mostram-se em franca expansão. Dentre os transtornos de tal fenômeno está a veiculação de parasitas zoonóticos. As zoonoses parasitárias consistem num grupo de doenças infecciosas que são transmitidas entre seres humanos e outros animais. Em nosso país, diversos fatores ambientais e socioculturais têm papel importante na perpetuação destes agravos. Condições precárias de saneamento básico, estreitamento da relação homem-animal e educação sanitária ineficaz são alguns fatores que contribuem para a transmissão destes parasitos. Nesse sentido, medidas de prevenção primária são de grande importância para o controle dessas parasitoses. Tendo como base o exposto, este estudo teve por objetivo avaliar os conhecimentos sobre zoonoses parasitarias de proprietários de cães e gatos domésticos atendidos no Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, no município do Rio de Janeiro. Entre agosto de 2017 e maio de 2018, 267 proprietários de cães e 91 proprietários de gatos responderam um questionário epidemiológico composto por questões fechadas referentes aos conhecimentos e percepções sobres os fatores de risco de infecções parasitárias. Dentre os proprietários, mais da metade (51,65%) tinham 46 anos de idade ou mais, e 29,67% entre 31 a 45 anos. Com relação ao nível de escolaridade, 42,49% tinham o segundo grau completo e 32,60% com nível superior ou maior nível de escolaridade. Quanto aos hábitos dos responsáveis pelos animais, considerados de risco para a transmissão de zoonoses, destacam-se: o consumo de carne crua ou malcozida (35,06%), costume de andar descalço (39,33%) e destino inadequado das fezes dos animais (77,74% em lixo comum). Por outro lado, 70% dos proprietários relataram sempre lavar as mãos antes das refeições e 84,30% alegaram sempre lavá-las após ir ao banheiro. Quanto a percepção do risco de transmissão zoonótica, 74,23% dos proprietários acreditam que seus animais podem transmitir vermes para humanos, ao passo que 39,76% acham que o contrário é possível. Considerando os resultados obtidos até o momento, observa-se a necessidade de maior conscientização dos proprietários quanto a seus hábitos de higiene, alimentação e manejo das fezes dos seus animais. Sendo assim, torna-se necessária a adoção de medidas de prevenção primária, visando a difusão dos conhecimentos a respeito da transmissão e profilaxia das principais parasitoses zoonóticas.



Palavras-chaves:  Animais de Companhia, Percepção sobre Parasitoses, Zoonoses