CINÉTICA DE ANTICORPOS IgG EM RATOS EXPERIMENTALMENTE INFECTADOS, FRENTE A DIFERENTES ANTÍGENOS E DIFERENTES CARGAS PARASITÁRIAS DE STRONGYLOIDES VENEZUELENSIS
MARCELO ANDREETTA CORRAL 1, PRISCILLA DUARTE MARQUES FONSECA1, DIRCE MARY C. L. MEISEL1, GABRIELA LIMA DE ALVARENGA1, NATALIA DE ALBUQUERQUE SOARES1, JULIA MARIA COSTA-CRUZ1, WILLIAM DE CASTRO BORGES1, MARIA CRISTINA CARVALHO DO ESPIRITO SANTO1, RONALDO CESAR B. GRYSCHEK1, FABIANA MARTINS DE PAULA1
1. HCFMUSP - Laboratório de Investigação Médica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 2. IMTUSP - Instituto de Medicina Tropical de São Paulo da Universidade de São Paulo, 3. ICEB UFOP - Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Ouro Preto , 4. ICBIM UFU - Laboratório de Diagnóstico de Parasitoses do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal de Uberlândia
marcelo.corral@usp.br

Parasitos do gênero Strongyloides são importantes patógenos humanos e de outros animais. Por essa razão há interesse considerável em avaliar modelos de infecção experimental. Nesse contexto, infecções com Strongyloides venezuelensis têm sido bastante relatadas em diferentes estudos, especialmente na avaliação de técnicas diagnósticas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a cinética de detecção de anticorpos IgG anti- Strongyloides em animais experimentalmente infectados com diferentes cargas parasitárias de S. venezuelensis . Foram utilizados 3 grupos de Rattus norvergicus (linhagem Wistar): controle negativo (grupo 1) e dois grupos experimentalmente infectados com 400 (grupo 2) e 4000 (grupo 3) larvas filarioides infectantes de S. venezuelensis . Amostras de sangue foram coletadas nos dias 0, 2, 7 e 35 pós infecção (d.p.i.) e para confirmação da infecção, amostras de fezes foram obtidas nos dias correspondentes. Para o teste imunoenzimático (ELISA) foram utilizados antígenos solúvel (STL – obtido a partir do sobrenadante da incubação de larvas filarioides de S. venezuelensis em tampão Tris-HCl) e de membrana (MTL, obtido a partir do tratamento do pellet da fração STL com Ureia, Tioureia e CHAPS). Para realização do ELISA, placas de poliestireno foram sensibilizadas com 10 m g de cada antígeno, os soros foram diluídos 1:20 e o conjugado anti-IgG de rato marcado com peroxidase foi diluído 1:2000. Não foi observado diferença estatistica significante dos grupos infectados (2 e 3) em relação ao 1, nos 2 e 7 d.p.i. No entanto, houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos no 35 d.p.i., considerando ambos os antígenos (p=0,0002 e p=0,0046 utilizando STL; p=0,0102 e p=0,0057 utilizando MTL). Com isso observamos que independente da carga parasitária ocorre o aumento na produção de anticorpos IgG anti- Strongyloides frente as diferentes frações antigênicas homólogas ao longo da infecção experimental, sugerindo uma possivel aplicação no diagnostico sorologico da estrongiloidiase humana.

 



Palavras-chaves:  Strongyloides venezuelensis, teste imunoenzimático, infecção experimental