PRIORIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA: IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE DADOS DO GERENCIADOR DE AMBIENTE LABORATORIAL (GAL).
LAURA NOGUEIRA DA CRUZ 1, RONALDO DE JESUS1, ANDRE LUIZ DE ABREU1
1. CGLAB/DEVIT/SVS/MS - Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública/ Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis/Secretaria de Vigilância em Saúde/ Ministério da Saúde., 2. DEVIT/SVS/MS - Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis/Secretaria de Vigilância em Saúde/ Ministério da Saúde.
laurancruz@gmail.com

Introdução O Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) foi desenvolvido para informatizar o Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, proporcionando o gerenciamento dos exames com expressiva base de dados alimentada diariamente Objetivo Essencial ferramenta para embasamento das tomadas de decisões, este trabalho tem o objetivo de mapear o funcionamento do GAL por agravos, metodologias e região dos exames no Brasil, 2013 a 2017. Métodos Análise porcentual de exames liberados por agravo, metodologia e região do Brasil, de 01/01/2013 a 31/12/2017 (semana epidemiológica 1 a 52), acessados no GAL, Módulo Nacional. Resultados O Brasil registrou o maior porcentual de exames liberados para Tuberculose seguido de Hepatite B, Toxoplasmose em 2017 (9.1, 10.7, 14.5, 15.4 e 17.3%; 20.8, 20.4, 16, 13 e 14.5%; 5.5, 8.5, 6.8, 7.5, 7.9% respectivamente 2013 a 2017). Chama atenção dengue, sexto porcentual em 2017 (5.51%), expressiva redução em relação aos anos anteriores (12.5, 6.1, 13.3, 13,95%, respectivamente). No período houveram os primeiros registros de chikungunya (2014) e Zika (2015). Neste cenário, chikungunya apresenta crescimento (0.0; 0.0; 0.4; 3.5 e 4.3%) e redução de Zika (0.1%, 2.2%, 1.2%).  Além do aumento histórico de Febre Amarela (0.1, 0.1, 0.1, 0.05 e 0.5%). No total, 24 agravos são os responsáveis pela representatividade de 95.3% em 2017. As metodologias Enzimaimunoensaio, Imunoensaio e PCR representam 69.8% de todos os exames liberados em 2017. Os quantitativos das regiões são Centro-Oeste (11.3, 9.4, 9.6, 8.8, 6.7%) Nordeste (38.8, 45.3, 40, 38.4 e 36.5%), Norte (20.6, 20.9, 21.4, 19, 20.7%), Sudeste (16.9, 14, 18.2, 22.3 e 22.6%) e Sul (12.5, 10.5, 11.1, 11.5 e 12.6%) respectivamente de 2013 a 2017. O número total de exames liberados em 2013 (2.641.915), 2014 (2.919.631), 2015 (3.102.137), 2016 (3.489.487) e 2017 (3.230,192). Discussão Ações prioritária de vigilância são indicadas aos agravos e metodologias com maior percentagem ou aumento de exames liberados, enquanto a redução de exames liberados destaca necessidade de fortalecimento da rede laboratorial prioritariamente nas regiões de menor percentagem (Distrito Federal e Mato Grosso). Alterações do quantitativo podem indicar adesão ao GAL e também refletir a capacidade de solicitar e realizar exames. Conclusão Relatórios quantitativos do GAL, Módulo Nacional, auxiliam acompanhamento e priorização da vigilância em saúde de doenças transmissíveis do país.



Palavras-chaves:  Dados laboratoriais, Doenças transmissíveis, Saúde pública, Sistema de informação, Ministério da Saúde