AVALIAÇÃO DA ARMADILHA PET PARA A EFICÁCIA DA REDUÇÃO INTRADOMICILIAR DE AEDES
MARÍLIA ANDREZA DA SILVA FERREIRA ¹, GUILHERME DE MEDEIROS LINS DE ARAÚJO¹, IDERALDO DA SILVA MEDEIROS¹, MARIA EMILIA FERREIRA DE AZEVEDO¹, MIRELE ADRIANA DA SILVA FERREIRA¹, SELISMAR DE SOUSA ARAÚJO¹, NORMA HELLEN RODRIGUES LUSTOSA¹, ERIKA TEIXEIRA DA FONSECA¹, PAULO PAES DE ANDRADE¹
1. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, 2. FIP - Faculdades Integradas de Patos, 3. UFCG - Universidade Federal de Campina Grande
marilia_andresa@hotmail.com

Introdução: O artrópode Aedes aegypti é vetor de diversas doenças virais de importância médica, incluindo dengue, zika e chikungunya. Estas doenças foram responsáveis por uma tríplice epidemia em 2016. As diretrizes nacionais para controle das doenças transmitidas pelo Aedes incluem medidas adotadas para controle do vetor. Paralelamente, a população busca alternativas para proteção quando as estratégias oficiais não parecem diminuir o risco de contrair a doença.  Entre as alternativas, armadilhas estão disponíveis no comércio ou anunciadas através das mídias sociais que prometem controlar os vetores e reduzir o risco de contrair uma arbovirose. Objetivo: avaliar a eficácia da armadilha PET para a redução de densidade intradomiciliar de Aedes aegypti. Metodologia: A armadilha PET, que ganhou muita divulgação nas páginas da internet, consistiu em uma garrafa descartável de 2 l, com a parte cônica superior invertida para dentro do recipiente, pintada com esmalte sintético preto e areia e com organza de nylon fixada à tampa da garrafa. As armadilhas continham água e superfície rugosa e escura como atrativo para oviposição. Antes de sua instalação, foi realizado um levantamento entomológico com ovitrampas para verificar os níveis de infestação. Durante dois períodos totalizando 13 semanas, ovitrampas instaladas nas mesmas casas que armadilhas PET (em grupos de 4 e de 8 em uma área com alta densidade vetorial de Aedes aegypti ) foram empregadas como sentinelas para avaliar a redução intradomiciliar do vetor. O grupo controle constitui-se de casas sem armadilhas PET. Os dados foram analisados pelo  programa R.   Resultados e Discussão: Esse estudo é o primeiro a avaliar a eficácia das armadilhas PET em campo, apesar de sua divulgação nas redes sociais. Os índices de ovos nas ovitrampas na área controle e na área teste não apresentaram diferença estatística durante os dois períodos avaliados, indicando a ineficácia da armadilha no controle vetorial intradomiciliar no período estudado. Conclusão: Em conclusão, é essencial a avaliação de armadilhas disponíveis no mercado ou de fácil confecção para evitar sua adoção, que leva a uma falsa impressão de segurança quanto não são eficazes no controle vetorial.