PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES INFECTADOS POR Trypanosoma cruzi DE 2010 A 2017 NA CIDADE DE CASTANHAL, ESTADO DO PARÁ
ROSSELA DAMASCENO CALDEIRA 2,1, LORENA DA SILVA SOUZA2,1, JÉSSICA LUZ SILVA2,1, DÉBORA ESPÍNDOLA ALVES2,1
1. ESTÁCIO - FACULDADE ESTÁCIO, CASTANHAL, 2. UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
rossela-damasceno@hotmail.com

A Doença de Chagas ou tripanossomíase americana é uma das patologias de mais larga distribuição no continente americano, especialmente na América Latina, é uma zoonose com forte incidência no Brasil. Tem como agente etiológico o protozoário Trypanosoma cruzi , que é determinante para os quadros clínicos da doença no homem, que podem se manifestar formas variadas. No presente trabalho foi analisado o perfil epidemiológico dos pacientes infectados por T.cruzi na cidade de Castanhal, município da região nordeste do estado do Pará, no período de 2010 a 2017, a partir de dados obtidos do Sistema de Informação de Agravo de Notificação. Os dados demonstraram que 143 indivíduos apresentaram suspeita de casos da doença e que o ano de 2013 obteve o maior número destes casos. Indivíduos do sexo masculino representaram 65% dos casos durante o período analisado (93/143) e 35% ocorreram no sexo feminino (50/143). Em se tratando da faixa etária, o maior número de casos, ocorreu entre pessoas de 0 a 19 anos, totalizando 24% (34/143) dos registros. Na análise por bairros do munícipio, Jaderlândia foi o bairro onde houve o maior registro com 9% (13/143) dos casos, seguido por Ianetama, com 7,6% (11/143) e Nova Olinda com 6,3% (9/143). Do total dos 143 casos registrados supostamente com doença de chagas durante o período estudado, apenas 2% dos casos tiveram confirmação dos resultados. Os casos restantes não foram confirmados. Apesar do baixo percentual de casos confirmados, a vigilância em relação a  doença deve ser mantida, pois o município é endêmico. Além disso, os casos notificados, são aqueles cujo diagnóstico ocorre na fase aguda, e, quando detectados na fase crônica, não são notificados, porém, vale ressaltar que alguns pacientes manifestam os sintomas após anos de infecção. Nenhum óbito de pacientes chagásico foi confirmado no período estudado e, apesar do pequeno percentual dos casos confirmados, é necessário manter a atenção quanto aos cuidados profiláticos e reforçar as medidas de controle.

 



Palavras-chaves:  Doença de Chagas, Trypanosoma cruzi, Perfil epidemiológico, Pacientes