QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE AMOSTRAS DE LEITE HUMANO PASTEURIZADO ANALISADAS NO LACEN-PE EM 2017 |
As infecções que incidem ao longo do primeiro ano de vida, são as principais causas de aumento dos índices de morbi-mortalidade entre lactentes. A freqüência e a severidade destas infecções por bactérias Gram-negativas, associadas a imaturidade do sistema imunológico, são uma peculiaridade desta faixa etária. O leite humano atua como um suplemento de fatores de proteção para o lactente, além de restringir e/ou inibir o crescimento de bactérias patogênicas. Atualmente, no Brasil a RDC ANVISA n° 171/ 2006, define como parâmetro de aceitabilidade para Leite Humano Ordenhado Pasteurizado (LHOP), a ausência de microrganismos do grupo Coliforme. A ocorrência de coliformes totais indica claramente a inobservância das boas práticas de manipulação e constitui um alerta para a possível presença de outros microorganismos de maior patogenicidade e mais difíceis de serem detectados, configurando uma situação desfavorável para a saúde dos receptores do alimento. Neste sentido, este trabalho buscou avaliar a qualidade microbiológica de amostras de LHOP analisadas no LACEN-PE no ano 2017. Foram analisadas neste período 4227 amostras, segundo metodologia preconizada no Manual para Banco de Leite Humano. A partir dos resultados obtidos verificou-se que 4138 amostras (97,89%) apresentaram resultado satisfatório e 89 amostras (2,10%) foram insatisfatórias para o parâmetro analisado. Com isso, evidencia-se um reduzido percentual de amostras não - conforme, refletindo que o processo de pasteurização está sendo realizado de forma adequada pelos Bancos de Leite. Bem como, enfatiza a importância deste monitoramento, a fim de garantir a qualidade microbiológica deste produto. |