TRIATOMÍNEOS SILVESTRES, DISTRIBUIÇÃO, DISPERSÃO E FREQUÊNCIA DE INFECÇÃO POR TRYPANOSOMA CRUZI EM 5 MUNICÍPIOS DO ESTADO DO PARÁ COM RELATOS DE TRANSMISSÃO DE DOENÇA DE CHAGAS AGUDA.
SEBASTIAO ALDO DA SILVA VALENTE 1, VERA DA COSTA VALENTE1, ANA YECÊ DAS NEVES PINTO1, LUIZ CARLOS SOARES PEREIRA1, ÉDER DO AMARAL MONTEIRO1, RAIMUNDO NIVALDO DE ALMEIDA1, EDCLEITON MARINS SANTOS1, FRANCISCO DOS SANTOS GOMES1, AGUINALDO MOURA FREITAS1, ALAN GOMES DOS SANTOS1, MARIA NAIZE COSTA CAMPOS1, TATIANA KELLY DO ESPÍRITO SANTO1
1. IEC - INSTITUTO EVANDRO CHAGAS, 2. SESPA - SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE PÚBLICA DO PARÁ
SALDOVALENTE@GMAIL.COM

Ocorrem na Amazônia brasileira 8 gêneros de triatomíneos que habitam inúmeros ecótopos associados com animais silvestres, ambos naturalmente infectados pelo Trypanosoma cruzi . Estes triatomíneos não colonizam domicílios na Amazônia, mas as espécies silvestres estão envolvidas na transmissão oral da doença de Chagas aguda (DCA) contaminando alimentos e transmitindo o T. cruzi ao homem. A aproximação destes insetos com o homem é pressionada por fatores ambientais e ecológicas é atribuída a escassez de fontes alimentares representadas por dezenas de espécies de pequenos mamíferos, facilitando a ocorrência dos casos humanos. Objetivos: reconhecer a fauna de triatomíneos silvestres, sua distribuição, dispersão e frequência de infecção por T. cruzi em municípios onde têm ocorrido casos de DCA de Abaetetuba, Barcarena, Bragança, Muaná e Ponta de Pedras. Entre os anos de 2013 e 2017. Metodologia: busca ativa de triatomíneos no interior e no peridomicílio de residências, coleta de triatomíneos silvestres em palmeiras e com armadilhas de luz, dissecação, semeio em meio de cultura e isolamento. Resultados: Foram capturados 687 triatomíneos de 7 espécies, apresentando os seguintes índices de infecção na relação capturados/examinados/positivo e % de positivo foram: P. geniculatus (148/65/29/44,61); R. robustus (109/61/39/63,93); R. pictipes (295/188/112/59,57); R. milesi (87/66/42/63,63); P. lignarius ((36/26/19/73,07)); e E. mucronatus (42/32/23/71,87). Conclusão: Nas áreas onde se pesquisou a fauna triatomínica a taxa geral de infecção elevada na ordem de 60,27% para T. cruzi nas espécies coletadas e examinadas. A associação destes triatomíneos com os mamíferos mantém o ciclo epizoótico do parasita facilitando o deslocamento de espécies mais adaptadas ao vôo como o R. pictipes e P. geniculatus que estão envolvidas nos casos de contaminação alimentar responsáveis pelos surtos familiares que vem ocorrendo no Estados do Pará.



Palavras-chaves:  Doença de Chagas, Pará, Triatomíneos silvestres, Amazônia brasileira