BUSCA POR TESTES RÁPIDOS EM UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE |
No contexto da atenção integral à saúde, é primordial que se avalie o acesso ao diagnóstico de HIV, sífilis e hepatites por meio do teste rápido. A utilização da metodologia do teste rápido está associada ao aumento do acesso ao diagnostico e tratamento destas infecções, principalmente em segmentos populacionais vulneráveis. Objetivou-se descrever as características da população que buscou a Unidade Básica de Saúde (UBS) para diagnóstico por teste rápido de infecções sexualmente transmissíveis. Foi realizado estudo descritivo, com coleta de dados do período de novembro de 2017 a junho de 2018 de uma UBS de Campo Grande-MS. Em sua rotina, a UBS realiza testes rápidos sob demanda espontânea para identificação de infecção por HIV, sífilis, hepatite B e C, sendo que no período estudado 204 indivíduos foram testados para esses quatro agentes infecciosos. A média mensal foi de 25,5 pessoas testadas. Do total, 80,4% (164) eram mulheres, sendo 64,6% (106/164) gestantes. A média de idade foi de 30,3 anos, variando entre 15 e 74 anos. Testes em heterossexuais perfizeram 95,6% (195), enquanto testes na população em geral corresponderam a 44,1% (90). Parceiros de gestantes, pessoas convivendo com HIV e sífilis e exposição sexual desprotegida com parceiro HIV positivo representaram 2,4% (5), 1,0% (2), e 0,5% (1) dos testes, respectivamente. Verificou-se testes reagentes para sífilis em 9,8% (20) dos indivíduos e 0,5% (1) para hepatite C e HIV, cada . A realização de testes predominantemente em gestantes se deve ao fato da obrigatoriedade durante o pre-natal, porém faz-se necessário que as gestantes sejam estimuladas a conduzirem seus parceiros para realização do exame. Frente à baixa procura da população em geral, o desafio é ampliar o número de pessoas testadas encorajando-as a se beneficiarem desta metodologia para diagnóstico precoce, reduzindo significativamente a carga viral e risco de transmissão, bem como para tratamento oportuno. |