BUSCA POR TESTES RÁPIDOS EM UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
TATIANE FARIAS VISCARDI1, ROBERTA BARBETA DOS RIOS DE MATOS1, VANESSA TEREZINHA GUBERT DE MATOS1, FABIANI DE MORAIS BATISTA 1, VANESSA MARCON DE OLIVEIRA1, CRISTIANE MUNARETTO FERREIRA1, ERICA FREIRE DE VASCONCELOS PEREIRA1, ANA LÚCIA LYRIO DE OLIVEIRA1
1. UFMS - FAMED - Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande – MS, Brasil., 2. UFMS - Faculdade de Farmácia, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande – MS, Brasil.
fabianimb@hotmail.com

No contexto da atenção integral à saúde, é primordial que se avalie o acesso ao diagnóstico de HIV, sífilis e hepatites por meio do teste rápido. A utilização da metodologia do teste rápido está associada ao aumento do acesso ao diagnostico e tratamento destas infecções, principalmente em segmentos populacionais vulneráveis. Objetivou-se descrever as características da população que buscou a Unidade Básica de Saúde (UBS) para diagnóstico por teste rápido de infecções sexualmente transmissíveis. Foi realizado estudo descritivo, com coleta de dados do período de novembro de 2017 a junho de 2018 de uma UBS de Campo Grande-MS. Em sua rotina, a UBS realiza testes rápidos sob demanda espontânea para identificação de infecção por HIV, sífilis, hepatite B e C, sendo que no período estudado 204 indivíduos foram testados para esses quatro agentes infecciosos. A média mensal foi de 25,5 pessoas testadas. Do total, 80,4% (164) eram mulheres, sendo 64,6% (106/164) gestantes. A média de idade foi de 30,3 anos, variando entre 15 e 74 anos. Testes em heterossexuais perfizeram 95,6% (195), enquanto testes na população em geral corresponderam a 44,1% (90). Parceiros de gestantes, pessoas convivendo com HIV e sífilis e exposição sexual desprotegida com parceiro HIV positivo representaram 2,4% (5), 1,0% (2), e 0,5% (1) dos testes, respectivamente. Verificou-se testes reagentes para sífilis em 9,8% (20) dos indivíduos e 0,5% (1) para hepatite C e HIV, cada . A realização de testes predominantemente em gestantes se deve ao fato da obrigatoriedade durante o pre-natal, porém faz-se necessário que as gestantes sejam estimuladas a conduzirem seus parceiros para realização do exame. Frente à baixa procura da população em geral, o desafio é ampliar o número de pessoas testadas encorajando-as a se beneficiarem desta metodologia para diagnóstico precoce, reduzindo significativamente a carga viral e risco de transmissão, bem como para tratamento oportuno.



Palavras-chaves:  Diagnóstico precoce, Infecção sexualmente transmissível, Teste rápido