ANÁLISE DOS CASOS DE HANSENÍASE ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DE SÃO LUÍS NO ANO DE 2017
NATÁLIA MARQUES VIEIRA ROSA1, ALEFFI LUCAS ALMEIDA DOS SANTOS1, ANDERSON FELIPE DE SOUZA REIS1, BETÂNIA OLIVEIRA GARCEZ1, DARIANY RIBEIRO MEIRELES1, ELYJANY MORAIS LIMA SENA1, FERNANDO HENRIQUE SOARES1, GILSANDRO JUNIOR1, JONATHAN CASTRO1, JULLYANNA ALMEIDA1, KLAYVER SAMUEL SANTOS FERREIRA1, LÍVIA ANNIELE SOUSA LISBOA1, LUCAS RODRIGUES DE SANTANA1, JOSÉ MILTON DE LIMA JUNIOR1, MOISÉS FARIAS SANTOS1, TATIANNE DE SOUSA ALVES1
1. UFMA - Universidade Federal do Maranhão
natyzinha_marques@hotmail.com

A Hanseníase é uma doença granulomatosa crônica, infecciosa, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, de investigação obrigatória e notificação compulsória em território nacional. Com alto grau incapacitante, afeta principalmente a população economicamente ativa. Houve redução de 34,1% na incidência de hanseníase no Brasil, entre 2006 e 2015, porém o Maranhão é um dos estados onde a doença se mantém mais prevalente, carecendo de estudos que analisem as estratégias empregadas para seu controle. Este é um estudo exploratório que busca avaliar a assistência oferecida ao paciente hanseniano no Hospital Aquiles Lisboa (HAL), referência do estado em diagnóstico e tratamento dessa patologia.  Considerou-se o perfil epidemiológico dos pacientes, motivos de alta, a forma da doença e a terapêutica adotada. Foram analisados 128 prontuários, abertos em 2017 fechados até maio de 2018, com dados completos e legíveis, tendo sido excluídos 75 dos 203 totais. A maioria dos pacientes apresenta idade de 26 a 60 anos. Conforme os resultados obtidos, 41,41% dos pacientes em questão têm a sensibilidade preservada, enquanto 35,16% apresentam perda da sensibilidade Grau 1. Ademais, 14,84% dos pacientes possuem deficiência visível, e 4,69% não foram avaliados quanto a esse parâmetro. Isso sugere certa ineficiência no sentido de evitar a evolução da doença. A maioria dos pacientes apresentou a forma clínica dimorfa (59,38%), segunda mais grave da doença. Isso demonstra o diagnóstico tardio de parte dos casos, e evolução dos pacientes para as formas infectantes da doença. Houve ligeiro predomínio das formas mais graves da doença no sexo masculino. O tratamento predominante (80,47%) foi a poliquimioterapia para forma multibacilar, sendo essa prorporção já encontrada em estudos anteriores e esperada para uma unidade de referência. A maioria dos pacientes permaneceu por até 30 dias no HAL, seguido de um período de 6 a 12 meses. O motivo principal de saída foi a alta por transferência (68,75%), seguida da alta por cura (21,88%). É preciso que a população seja consciente acerca do tratamento da hanseníase, para que pacientes prossigam a terapêutica quando encaminhados para outras unidades. Portanto, as pessoas devem ser estimuladas a procurar instituições de saúde diante de sintomas característicos, favorecendo o diagnóstico precoce e tratamentos que impeçam a evolução da doença, de modo a diminuir os seus indicadores epidemiológicos.

Assistência, Epidemiologia, Hanseníase, Maranhão.



Palavras-chaves:  Assistência, Epidemiologia, Hanseníase, Maranhão