HELMINTOS DE INTERESSE PARA A SAÚDE PÚBLICA DIAGNOSTICADOS EM Xiphorhynchus guttatus (Aves: Passeriformes) NO MUNICÍPIO DE SENA MADUREIRA, ACRE, BRASIL
LEANDRO SIQUEIRA DE SOUZA1, KASSIA DA SILVA ROCHA1, JOSEFA SIQUEIRA DE SOUZA1, EDSON GUILHERME1, ÂNGELA MARIA FORTES DE ANDRADE1, FRANCISCO GLAUCO DE ARAÚJO SANTOS1
1. UFAC - Laboratorio de Apoio a Vida Silvestre, Universidade Federal do Acre, 2. UFAC - Laboratório de Ornitologia, Universidade Federal do Acre
leandrosiqueirasouza@gmail.com

As interações entre animais silvestres, domésticos e seres humanos promove a transmissão de agentes etiológicos muitas vezes desconhecidos para a comunidade cientifica. Os animais silvestres, em sua quase totalidade, não apresentam sinais clínicos efetivos, mesmo estando infectados, podendo ser fonte de infecção para outros animais silvestres, domésticos e até mesmo a população humana. O conhecimento desses agentes infecciosos auxilia em estudos epidemiológicos para a saúde pública e para a sanidade animal, devido à presença de parasitos zoonótico. Nesta perspectiva, o objetivo desta pesquisa foi diagnosticar os helmintos presentes em indivíduos de Xiphorhynchus guttatus, capturados na Reserva Extrativista do Cazumbá-Iracema, em Sena Madureira, Acre. Os espécimes foram capturados entre maio e julho de 2017, com cinco redes ornitológicas (mist-nets), armadas nos diferentes ecossistemas da reserva, no período da manhã e da tarde. Após a identificação, os indivíduos capturados foram colocados, por 30min, em sacos de pano, contendo papel absorvente em seu interior, e postos em descanso, até que estes defecassem. Após a coleta, as amostras fecais foram armazenadas e transportadas ao Laboratório de Apoio a Vida Silvestre, da Universidade Federal do Acre, para a realização dos exames parasitológicos. Para as análises parasitológicas foram realizados os exames direto a fresco, corado com Lugol, e o método de Willis, sob microscopia óptica. Das seis amostras fecais analisadas, 66,66% (4/6) foram positivas para a presença de helmintos, sendo identificados os gêneros Ancylostoma (ovos e larvas) e Enterobius (ovos) .   Esses parasitos são responsáveis por infecções em humanos, constituindo-se em um importante problema para a saúde pública, além de serem considerados uma ameaça para a saúde dos animais silvestres, uma vez que esses parasitos podem atuar como oportunistas ou como agentes primários de doenças. Este trabalho apresenta informações sobre a fauna parasitária de aves silvestres, porém existe a necessidade de mais estudos para precisar o papel das aves silvestres como hospedeiras desses parasitos e outros agentes infeciosos que podem infectar a população humana.



Palavras-chaves:  Aves silvestres, Infecção parasitária, Saúde pública