A RELAÇÃO DA COINFECÇÃO DE HANSENÍASE E HIV COM A REAÇÃO REVERSA |
O Brasil é um país onde a hanseníase é endêmica e, devido à sua urbanização associada à interiorização do vírus HIV nos últimos anos, houve um aumento na coinfecção dessas patologias. As manifestações clínicas da hanseníase dependem da resposta imunocelular do hospedeiro, entretanto, o comprometimento dos linfócitos T CD4+ devido ao HIV não altera a evolução clínica nem a prevalência de ambas as doenças.Tem como objetivo Revisar a Bibliografia acerca da temática proposta. Revisão Bibliográfica.:Trata-se de um estudo de revisão sistemática da literatura realizado no período de 2016 a 2017, utilizando-se o banco de dados Medline e Lilacs. Nas buscas, foram utilizados os descritores: Hanseníase; HIV; Reação Reversa. Foram incluídos 5 artigos na revisão após os seguintes critérios: possuir menos de 10 anos de publicação e que estivessem disponíveis.: Os pacientes coinfectados pelo HIV e a hanseníase possuem resposta imunológica preservada ao Mycobacterium leprae no sítio da doença, apesar da baixa contagem de linfócitos T CD4+ no sangue periférico . Sabe-se ainda que não há aumento na incidência de hanseníase em pacientes infectados pelo HIV, não se podendo afirmar que a infecção pelo HIV altere a evolução da hanseníase. Entretanto, apesar de não haver interferência, observam-se nesses pacientes casos mais graves de neurite e maior incidência de reações reversas. As reações reversas são uma das manifestações da Síndrome Inflamatória de Reconstituição Imunológica (IRIS) e esta, em um paciente HIV positivo, é consequência da resposta imune a um patógeno específico devido à introdução da terapia antirretroviral (TARV). As infecções subclínicas são desmascaradas à medida que a resposta inflamatória do hospedeiro é ativada.A imunodepressão associada ao HIV mascara a manifestação da doença antes da introdução da TARV, fato este sugerido pela apresentação |