ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E SOCIODEMOGRÁFICOS DA LEISHMANIOSE VISCERAL HUMANA NO MUNICÍPIO DE OURICURI, PERNAMBUCO, BRASIL, 2013 A 2017
SARAH MOURÃO DE SÁ1, RAYANNA NAYARA FIGUEIREDO TELES1, ANA MARIA PARENTE DE BRITO1, MARÍLIA MILENA RABELO PIRES1, JOSE ALEXANDRE MENEZES DA SILVA1, ERICSON JEAN SARAIVA MACEDO1
1. SES-PE IX GERES - Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco-IX GERES, 2. SES-PE X GERES - Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco- X GERES, 3. IHMT - Instituto de Higiene e Medicina Tropical , 4. HRFB - Hospital Regional Fernando Bezerra
sarahapoiadoraixgeres@gmail.com

A Leishmaniose Visceral Humana-LVH é endêmica na Região do Sertão do Araripe no Estado de Pernambuco. O município de Ouricuri localiza-se nessa região e está situado a 630 km da capital. Apresenta uma população de 64.358 habitantes (51,32% na área urbana), com densidade demográfica de 26,56 hab./km 2 , IDH 0,572. Há esgotamento sanitário adequado em apenas 58,3% dos domicílios. O clima é semiárido com intervalos longos de estiagem. A espécie de vetor da LVH mais frequente no município é Lutzomya longipalpis. O objetivo do trabalho foi analisar as características sócio demográficas e epidemiológicas dos casos de LVH no município de Ouricuri, registrados no período de 2013 a 2017. Foi realizado um estudo descritivo/retrospectivo com dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizados na plataforma DataSUS, site IBGE e Software Excel para tabulação e análise dos dados. No período analisado foram registradas 53 notificações de LVH, com 22 casos (41,5%) confirmados, a prevalência variou entre 3,1% (2013) a 10,8 % (2017) por 100 mil habitantes. Entre os casos confirmados, 15 (68,1%) eram do sexo masculino e 10 (45,4%) estavam na faixa etária entre 1 a 4 anos e 5 a 9 anos, a maioria dos casos confirmados no período reside na zona urbana do município 14 (63,6%) em bairros com condições médico-sanitárias desfavoráveis. A renda per capita média dos casos confirmados no período foi ½ salário mínimo e 54,5% destes, são beneficiários de Programas Sociais. Tal como descrito na literatura, a maioria dos casos de LVH são pessoas que residem em áreas com baixo IDH e apresentando também baixa renda. Chama atenção a elevada frequência de casos confirmados em pessoas residentes de área urbana, o que corrobora com as afirmações a urbanização da LVH.

 

Palavras-chave: Aspectos socioeconômicos, Epidemiologia, Leishmaniose Visceral



Palavras-chaves:  Aspectos socioeconômicos, Epidemiologia, Leishmaniose Visceral