RODA DE CONVERSA EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE IMPACTA NO CONTROLE DA LEISHMANIOSE VISCERAL HUMANA NOS MUNICÍPIOS DE MIRANDIBA, SALGUEIRO E TERRA NOVA - PERNAMBUCO, NOS ANOS DE 2017 E 2018.
LUCIANO LINDOLFO 1, AMÂNCIO DA CRUZ FILGUEIRA1, CINTHIA FERNANDA CALDAS MENDES1
1. VII GERES - VII GERÊNCIA REGIONAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO
lucianoupe@bol.com.br

Introdução: A leishmaniose visceral é considerada uma endemia rural, atualmente com grande expansão para zona urbana. A doença apresenta o controle complexo, e está entre as 06 endemias consideradas prioritária no mundo, afetando, sobretudo, as pessoas que vivem em situação de maior vulnerabilidade social. Objetivo: Realizar educação permanente através de roda de conversa em unidades básicas de saúde de municípios de abrangência da VII regional de Pernambuco, com alta incidência de casos confirmados de leishmaniose visceral humana. Método: A experiência com educação permanente já vem sendo desenvolvida por 02 anos consecutivos (2017 e 2018) nos municípios de Mirandiba, Salgueiro e Terra Nova, por apoiadores e demais técnicos de vigilância em saúde da VII regional. Inicialmente, através do sistema de informação de agravos de notificação, são listadas as unidades básicas de saúde, com a confirmação laboratorial de casos de leishmaniose visceral humana, do ano anterior. A partir de então, os dados serão consolidados e apresentado em reunião de colegiado intergestor regional, para ciência dos secretários de saúde e comunicados sobre a visita as referidas unidades de saúde. Logo, uma vez agendado as visitas, será feito um momento de educação permanente, utilizando a metodologia de roda de conversa, com os profissionais de saúde da equipe (agentes de saúde, técnicos de enfermagem e saúde bucal, enfermeiro, dentista e médico) para discussão teórica sobre o conhecimento da equipe a respeito da leishmaniose visceral humana, com ênfase na notificação, diagnóstico, tratamento e medidas de controle, sendo abordadas de forma objetiva, prática e dinâmica. Por fim, será agendado um segundo momento com os gestores do município (secretário de saúde, coordenador de vigilância em saúde, atenção básica, programa de leishmaniose e laboratório), in lócus, também em forma de roda de conversa, para discussão sobre as dificuldades e avanços de cada unidade de saúde, e sugestão de encaminhamentos. Resultados: notou-se uma maior sensibilidade dos profissionais de saúde no tocante a suspeita de casos da leishmaniose visceral humana, houve redução das subnotificações, e o diagnóstico e tratamento precoce dos casos passou a ser prioridade. Observou-se, também, que a roda de conversa foi uma forma de integrar a própria equipe, além de proporcionar a cada profissional a oportunidade de expor livremente as idéias, dificuldades e experiência sobre a doença.



Palavras-chaves:  Leishmaniose visceral, Educação em saúde , Unidade básica de saúde