DIAGNÓSTICO DE NEUROCISTICERCOSE ASSOCIADO A EPILEPSIA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
JOSIANA FRANCISCA SANCHES MORAIS1, MARIA DE SOCORRO VIEIRA GADELLHA1, LUISALICE MENDES AFONSO1, ANDREA ROSIENNE MONTEIRO NASCIEMENTO1, ARMANDINA DA CUNHA SOARES LIVRAMENTO1
1. UFCA - Universidade Federal do Cariri
josianamorais1@gmail.com

Neurocisticercose (NCC) ocorre quando humanos são infectados com larvas de T. solium e estas se estabelecem no cérebro deixando por vezes uma cicatriz calcificada. Na maioria dos casos  é uma infecção assintomática e quando apresenta algum sintoma é acompanhado de distúrbios neurológicos que podem ser fatais, sendo a epilepsia o mais frequente. A maioria dos países da América do Sul, África e alguns aisáticos são áreas endêmicas, onde diagnóstico de NCC pode ser inacessível para a maioria dos pacientes. O trabalho de pesquisa teve por objetivo identificar os principais métodos de diagnóstico de neurocisticercose em pacientes que apresentam epilepsia, bem como as alternativas para áreas endêmicas da doença em que os testes convencionais são inacessíveis. Realizou-se uma revisão sistemática na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com os descritores “Neurocisticercose” e “Epilepsia”. Foram incluídos artigos completos, disponíveis em português e inglês, publicados no ano de 2017 e 2018. Foram selecionados 10 artigos dos quais 9 atenderam aos critérios de inclusão. De acordo com os pesquisadores, a eletroencefalografia para convulsões, o exame de fundo para envolvimento oftalmológico e o exame de fezes para ovos ou proglotes são testes realizados frequentemente. Apesar disso, os exames de imagem como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética são definitivos para confirmar a presença das larvas no organismo. O exame imunoblot é utilizado normalmente em hospitais de grande porte e o teste ELISA deteta a presença de antígenos larvares circulantes no soro. A NCC por ser endêmica de regiões subdesenvolvidas, os exames convencionais como exames de imagem e imunoblot tornam-se inacessíveis para pacientes devido ao custo elevado. Surgem como alternativas o diagnóstico baseado na epidemiologia, o aparecimento de crises epiléticas e   a expressão gênica em monócitos do sangue periférico que pode distinguir pacientes com epilepsia relacionada a neurocisticercose de pacientes com epilepsia idiopática. Há uma maior prevalência de epilepsia em pacientes com NCC, principalmente em áreas endêmicas.  Por apresentar diferentes sinais e sintomas, o diagnóstico é feito baseado nos exames clínicos e neuroimagem, considerando a endemicidade e a presença de epilepsia nos pacientes.



Palavras-chaves:  Convulsões, Epilepsia, Neurocisticercose