A ESQUISTOSSOMOSE NOS MUNICÍPIOS DE CAJUEIRO E CAMPESTRE NO ESTADO DE ALAGOAS - BRASIL, NOS ANOS DE 2015 E 2016.
TRÍCIA ANITA ARRUDA DA MOTA 1
1. UNB - Universidade de Brasília
tricia.anita@hotmail.com

Introdução

A esquistossomose mansoni e uma doença infecto parasitária provocada por vermes do gênero Schistosoma , que tem como hospedeiros intermediários caramujos de água doce do gênero Bimphalaria , que pode evoluir desde formas assintomáticas até formas clínicas extremamente graves. Também é conhecida como Bilharziose, Xistose, Xistosa, Doença dos Caramujos, Barriga d’Agua, Doença de Manson-Pirajá da Silva e outras designações menos usuais. 

É decorrente da presença de vermes que se alojam e vivem nos vasos mesentéricos durante vários anos. A eliminação da esquistossomose como problema de saúde pública é recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que estabelece a iniciativa mundial para eliminação da esquistossomose até o ano 2020 . A meta pra  eliminação da esquistossomose é reduzir a prevalência e a carga parasitária em áreas de alta transmissão a menos de 10%, medida pela contagem de ovos.

No mundo, a esquistossomose vem se estabelecendo como um sério problema de Saúde Pública, afetando cerca de 200 milhões de pessoas e, no Brasil, ela é considerada endêmica, apresentando aproximadamente seis milhões de indivíduos infectados. 

É possível notar que a falta de políticas públicas eficazes de saneamento ou mesmo a entrega de saneamento básico precário e inadequado gera como problemas de saúde pública o desenvolvimento de parasitoses. 

Objetivo 
Analisar de forma descritiva a incidência de esquistossomose nos munícipios de áreas endêmicas do estado de Alagoas nos anos de 2015 e 2016. 

Métodos 

Os dados analisados foram coletados no sistema de informação do Ministério da Saúde – FormSus, após a realização da Campanha Nacional de Hanseníase, Verminoses, Tracoma e Esquistossomose 2015 e 2016. A amostra no estado no ano de 2015 foi de 1249 alunos e no ano de 2016 foram 2493 alunos. O estudo foi realizado nas escolas municipais de Cajueiro e Campestre por se tratarem de dois municípios pilotos nessa Campanha. 

Resultados 
Na análise constatou-se que no munícipio de Cajueiro o percentual de casos positivos de esquistossomose em relação ao número de estudantes examinados reduziu de 22,4% no ano de 2015 para 2,6% no ano de 2016. Enquanto isso, no munícipio de Campestre, o percentual de casos positivos de esquistossomose em relação ao número de estudantes examinados reduziu de 2,6% no ano de 2015 para 0,4% no ano de 2016.



Palavras-chaves:  esquistossomose, prevalência, saneamento