RECIDIVAS DE HANSENÍASE EM UM DISTRITO SANITÁRIO DO RECIFE/PE |
Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, recidiva é definida como todos os pacientes de hanseníase tratados com esquemas terapêuticos adequados e oficialmente indicados, que saíram do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) por cura e que voltam a apresentar novos sinais e sintomas clínicos da doença ativa em um período superior a cinco anos. Este estudo tem como objetivo descrever o perfil das recidivas de hanseníase de residentes no Distrito Sanitário (DS) V da cidade do Recife/PE no período de 2007 a 2017. Trata-se de um estudo descritivo com dados secundários oriundos do Sinan. Foram notificados 79 recidivas no período analisado, sendo 39 (49,4%) ocorridas em pacientes do sexo masculino e 40 (50,6%) do sexo feminino. Segundo faixa etária, 78 (98,7%) casos estavam acima de 15 anos. No que se refere à classificação operacional, 12 (15,2%) pacientes foram classificados como paucibacilar e 67 (84,8%) multibacilar. Em relação à forma clínica, para os casos de recidiva de hanseníase de residentes no DS V, destacou-se a dimorfa com 35 (44,3%) ocorrências, seguida da virchowiana 19 (24,0%) e tuberculóide 10 (12,6%). Segundo o número de lesões, 14 (17,7%) casos apresentavam lesão única, 13 (16,4%) de 2 a 5 lesões e 26 (32,9%) com mais de 5 lesões. Ao analisar a avaliação do grau de incapacidade no momento da notificação 43 (54,4%) casos tinham grau zero, 20 (25,3%) grau I, 08 (10,1%) grau II, 08 (10,1%) não avaliado ou em branco. Utilizou-se em 10 (12,6%) casos a poliquimioterapia (PQT) paucibacilar de 06 doses, em 61 (77,2%) a PQT 12 doses e 05 (6,3%) outros esquemas substitutivos. É necessário que se conheça os aspectos da recidiva para que se faça uma vigilância destes casos de forma mais eficaz, visando a redução da carga da doença e a exposição dos comunicantes a casos de hanseníase . |