CONTRIBUIÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE MORTALIDADE PARA A NOTIFICAÇÃO DE ÓBITOS COM/POR ARBOVIROSES NA CIDADE DO RECIFE-PE
ADRIANA CARLA DE LUNA RIBEIRO 1, DENISE OLIVEIRA DOS SANTOS SCRIPNIC1, PETRÔNIO GUSMÃO VASCONCELOS1, EDILENE MARIA DOS SANTOS1, CONCEIÇÃO MARIA DE OLIVEIRA1, NATALIA GONÇALVES MENEZES BARROS1, DAISY MARIA DA SILVA1, DANNIELY CAROLINNE SOARES DA SILVA1, JOANNA PAULA FREIRE DE LIMA SILVA1
1. SESAU RECIFE - Secretaria de Saúde do Recife
adrianaluna@recife.pe.gov.br

A dengue persiste como um grave problema de saúde pública, devido ao aumento na incidência, casos graves e óbitos no Brasil, em Pernambuco e no Recife nos últimos anos. Esse cenário se agravou com a introdução de outras arboviroses, a Chikungunya e a Zika. O principal instrumento de monitoramento desses casos é o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Contudo, quando se trata de óbitos, o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) fornece dados que podem ser agregadas ao monitoramento da situação da doença ou mesmo aumentar a sensibilidade da notificação para que não ocorra subnotificação. O objetivo deste estudo é avaliar a experiência da captação de óbitos por/com arboviroses por meio do SIM para complementar a vigilância desses agravos. Trata-se de um estudo descritivo realizado na cidade do Recife-PE, com análise de todos os óbitos que apresentavam causa presumível de arboviroses (síndrome hemorrágica febril e síndrome de Guillain-Barré) e ou a descrição desta como uma das causas de morte no SIM e possuíam ou não notificação para o agravo no Sinan, ocorridos no ano de 2016. No Recife, no ano estudado, foram notificados e investigados 149 óbitos de arboviroses e confirmados 60 (40,3%). Deste total de mortes investigadas, 47 (31,5%) foram notificados pelo SIM e 44 (29,5%) pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO). Em relação aos óbitos confirmados, o SIM contribuiu com 15 (25,0%) notificações e o SVO com 28 (46,7%). Dos casos confirmados para chikungunya, verificou-se que aproximadamente 70% foram notificados após o óbito, tendo como fonte notificadora o SVO ou SIM. Conclui-se que a vigilância deve operacionalizar o SIM e o Sinan de forma simultânea e integrada, principalmente quando se trata de introdução de uma nova doença ou mudança de padrão de morbimortalidade. Torna-se constante o desafio de manter uma vigilância com maior sensibilidade e executada em tempo oportuno para construção de indicadores mais confiáveis.



Palavras-chaves:  Arboviroses, Sistemas de Informação, Vigilância Epidemiológica