SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ ASSOCIADA AO HIV SOB OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA
MARIA CRISTINA MARTINS DE OLIVEIRA 1, FRANCISCO RAILSON BISPO DE BARROS1, FERNANDO DA SILVA MELLO1, CLEDSON DE OLIVEIRA LOPES FILHO1, JOSEIR SATURNINO CRISTINO1
1. FMT-HVD - Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado
maria.cristina.oliveira@hotmail.com

Introdução: O Processo de Enfermagem (PE) impõe-se como solução para organização das ações do enfermeiro e tem a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) como um instrumento que o normatiza e auxilia. Neste sentido, é de fundamental relevância a aplicação da SAE a um paciente diagnosticado com o Human Immunodeficiency Virus (HIV) que desencadeou a Síndrome de Guillain-Barré (SGB). Objetivos: Relatar a experiência vivenciada por residentes de enfermagem em terapia intensiva e infectologia na elaboração da SAE a um paciente diagnosticado com HIV e Síndrome de Guillain-Barré. Descrição da Experiência: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência. O estudo foi realizado no período de 21 a 28 de agosto de 2017 em uma Fundação Pública de referência em Manaus/AM. Resultados: O paciente em questão era procedente de Santarém-PA, 22 anos, solteiro, desempregado, admitido no setor de urgência e emergência do HPS Dr. João Lúcio apresentando um quadro de desconforto respiratório agudo, rigidez na região da nuca e paralisia flácida ascendente, necessitando de ventilação mecânica invasiva e teste rápido com resultado positivo para HIV. Após o diagnóstico foi encaminhado à unidade referência em infectologia, sendo internado na UTI e permanecendo por quatro meses. De acordo com os problemas encontrados, evidenciamos dois Diagnósticos de Enfermagem (DE) prioritários com suas respectivas intervenções. O primeiro DE identificado foi Padrão Respiratório Ineficaz. Entre as intervenções, destacamos o posicionamento da cabeceira entre 30 e 45º, manutenção das vias aéreas superiores e inferiores pérvias e manutenção do rigor técnico e asséptico quando a aspiração for necessária, tendo por objetivo manter padrão respiratório satisfatório. O segundo DE foi Mobilidade Física Prejudicada, relacionado a paralisia muscular. Visando reestabelecer ou aumentar o nível de mobilidade, intervimos de forma educativa ao informar aos familiares do paciente sobre a doença e a perspectiva de cura, assim como a mudança de decúbito e cuidados com o posicionamento no leito, promoção da mecânica corporal e cuidados com a tração e imobilização do paciente. Conclusão: Vivenciar a construção da SAE para um paciente com HIV e Síndrome de Guillain Barré possibilitou compreender a importância desse instrumento do profissional de enfermagem para a aquisição de conhecimento científico, além de firmar a SAE como um processo essencial da enfermagem enquanto ciência.



Palavras-chaves:  HIV, Síndrome de Guillain-Barré, Processo de Enfermagem