SOROPOSITIVIDADE PARA LEISHMANIOSE HUMANA NO ESTADO DE PERNAMBUCO: UM ESTUDO COMPARATIVO (2016-2017)
SUELY CHAVES SANTOS 1, MARCO A. DOWSLEY1, LUCILEIDE B. DE OLIVEIRA1, GENÉSIA ALVES1, THACIANNA B. DA COSTA1, BRUNA P. SANTOS1, ELCIA M. C. CAUÁS1
1. LACEN PE - Laboratório Central de Saúde Pública “Dr. Milton Bezerra Sobral”
suelych72@hotmail.com

Introdução: As leishmanioses compreendem um espectro de doenças infecciosas, de caráter crônico, podendo acometer o homem quando este entra em contato com o ciclo de transmissão do parasito. No Brasil, a importância das leishmanioses reside não somente na sua alta incidência e ampla distribuição, mas também na possibilidade de assumir formas graves quando associada ao quadro de má nutrição e infecções concomitantes. Objetivo : Comparar a soropositividade para Leishmanioses Humanas (LH), em amostras enviadas pelas Gerências Regionais do Estado de Pernambuco (GERES) para o LACEN-PE, entre os anos de 2016-2017. Assim como fazer um estudo descritivo das variáveis (sexo, idade e GERES) nos pacientes portadores da Doença. Métodos: A metodologia empregada para análise sorológica foi a Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI). As informações foram obtidas pela análise do livro de registros da Unidade de Imunologia/LACEN-PE. Resultados: O número total de amostras enviadas ao LACEN-PE no ano de 2017 (n=550) apresentou um incremento de 33,5% quando comparado ao ano 2016. De forma semelhante, a soroprevalência encontrada foi de 21,1% (87 pacientes) em 2016, frente a 27,6% (152 pacientes) em 2017. O sexo masculino permaneceu como gênero mais prevalente 64,3%, em 2016 e 58,5% em 2017. Em relação a faixa etária, a distribuição das amostras reagentes foi: menores de 1 ano, 2016 (4,6%), 2017 (3,3%); 1 – 4 anos, 2016 (16,1%), 2017 (24,5%); 5 – 9 anos, 2016 (11,5%), 2017 (8,5%); 10 – 19 anos, 2016 (19,5%), 2017 (8,6%); 20 – 39 anos, 2016 (21,8%), 2017 (28,8%); 40 – 59 anos, 2016 (16,1%), 2017 (19,7%) e 60 anos ou mais, 2016 (10,4%), 2017 (6,6%). No que diz respeito às Gerências, a VIII GERES (26,4%) seguida da VII GERES (19,5%), apresentaram o maior percentual soropositividade, em 2016, com evidência para os municípios de Petrolina e Salgueiro. No ano de 2017, a IX GERES (23,1%), com destaque para o município de Ouricuri, contribuiu para o acréscimo no índice de casos positivos, seguida da VII (17,7%) e VIII (20,3%) GERES. Discussão e Conclusão: Os resultados indicam um aumento no número de casos positivos no ano de 2017, no comparativo com 2016. Destaca-se também um acréscimo na faixa etária de 1–4 anos. Os dados sugerem uma maior atenção para essa faixa etária vulnerável em destaque, bem como a necessidade de novos estudos (inclusive para casos de reinfecção), aumento das ações de vigilância e controle de vetores nos municípios com maior percentual de positividade.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Leishmaniose Humana, Reação de Imunofluorescência Indireta