SOROPOSITIVIDADE PARA DOENÇA DE CHAGAS NO ESTADO DE PERNAMBUCO NO ANO DE 2017
THACIANNA B. DA COSTA1, MARCO A. DOWSLEY1, LUCILEIDE B. DE OLIVEIRA1, SUELY C. SANTOS1, GENÉSIA ALVES1, BRUNA P. SANTOS1, ELCIA M. C. CAUÁS1
1. LACEN PE - Laboratório Central de Saúde Pública “Dr. Milton Bezerra Sobral”
thaciannabc@gmail.com

Introdução: A doença de Chagas é uma patologia negligenciada com elevada carga de morbimortalidade e impacto do ponto de vista psicológico, social e econômico, representando um importante problema de saúde pública no Brasil, com diferentes cenários regionais. Trata-se de uma infecção sistêmica de evolução essencialmente crônica, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi . Objetivo : Determinar a soropositividade para DC, em amostras enviadas pelas Gerências Regionais do Estado de Pernambuco (GERES) para o LACEN-PE no ano de 2017, assim como fazer um estudo descritivo das variáveis (sexo, idade e GERES) nos pacientes com sorologia positiva para DC. Métodos: foi analisada a presença de anticorpos IgG anti- T. Cruzi no total de amostras recebidas pelo LACEN-PE no ano de 2017 (n=2540). Os soros foram submetidos as metodologias: Imunofluorescência Indireta e Enzimaimunoensaio. As informações foram obtidas pela análise do livro de registros da Unidade de Imunologia. Resultados: A soroprevalência de DC encontrada foi de 16,57% (421 pacientes), 63,18% dos casos pertencem ao sexo feminino. As faixas etárias mais incidentes foram entre 40-59 anos (50,11%) e maiores de 60 anos (46,08%), o somatório das demais faixas etárias corresponderam a 3,81%. A I GERES (44,89%) seguida da X GERES (21,61%) apresentaram o maior percentual de soropositividade, sendo nesta última, os Municípios de Brejinho (34,06%), Iguaraci (12,08%) e Afogados da Ingazeira (10,98%) os que tiveram maior número de amostras reagentes. Discussão e Conclusão: O perfil epidemiológico dos pacientes com sorologia positiva para DC é de um indivíduo adulto, com idade média de 58 anos, do sexo feminino, cadastrado na I GERES. Ressaltando que a maior positividade encontrada na I GERES deve-se ao fato de que, em muitas situações, a amostra não é registrada na sua GERES de origem. Existindo um deslocamento natural dos pacientes para Centros de Referência, como o Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (PROCAPE). A elevada incidência identificada na X GERES demonstra uma manutenção do perfil sorológico nos municípios destacados acima, visto que os mesmos já apresentavam altos índices de positividade em levantamento realizado pelo LACEN-PE em 2015. Esses dados reforçam a necessidade da intensificação das ações de vigilância e controle desse parasito, ajustadas a realidade da população residente nessa região, de forma que possa haver um declínio ou estabilização desses índices, dado o caráter crônico da doença.



Palavras-chaves:  Doença de Chagas, Epidemiologia, Sorologia