PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO PELOS VÍRUS ZIKA, DENGUE E CHIKUNGUNYA EM PACIENTES COM DOENÇA EXANTEMÁTICA AGUDA ATENDIDOS NA FUNDAÇÃO DE MEDICINA TROPICAL DOUTOR HEITOR VIEIRA DOURADO, MANAUS, BRASIL
LUIZ HENRIQUE GONCALVES MACIEL 6,7,11, ISA CRISTINA RIBEIRO PIAULINO6,7,11, YANKA KAROLINNA BATISTA RODRUIGUES6,7,11, SERGIO SERGIO DAMASCENO PINTO6,7,11, MAIANNE YASMIN OLIVEIRA DIAS6,7,11, FRANCIELEN DE AZEVEDO FURTADO6,7,11, PAMELA CUNHA TEIXEIRA6,7,11, ALINE CRISTIANE CORTE DE ALENCAR6,7,11, JOÃO BOSCO DE LIMA GIMAQUE6,7,11, MARCUS VINICIUS GUIMARÃES DE LACERDA6,7,11, MARCIA DA COSTA CASTILHO6,7,11, CAMILA HELENA AGUIAR BÔTTO DE MENEZES6,7,11
6. PPGMT - FMT/UEA - Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical , 7. FMT - HVD - Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado, 8. FAMETRO - Faculdade Metropolitana de Manaus, 9. UNL - Universidade Nilton Lins , 10. (ILMD – FIOCRUZ AMAZÔNIA) - Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD – Fiocruz Amazônia) , 11. UEA - Universidade do Estado do Amazonas, 12. (PAIC/FMT-HVD) - Programa de Iniciação Científica da FMT-HVD (PAIC/FMT-HVD)
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Dengue, febre de chikungunya e doença aguda pelo vírus Zika são três arboviroses de notificação compulsória presentes na Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública do Ministério de Saúde brasileiro. De acordo com os dados oficiais de casos prováveis de infecção por vírus Zika (ZIKAV) registrados no estado do Amazonas em 2018, houve uma redução de aproximadamente 60% em relação ao mesmo período de 2017; para a dengue a redução foi de 42,2% e chikungunya, de 85,16%. O estudo teve como objetivo estimar a prevalência de infecção por vírus Zika em pacientes adultos que procuraram a Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), em Manaus, por apresentaram doença exantemática aguda. Mulheres gestantes não foram incluídas. A infecção pelos vírus Zika, dengue e chikungunya foi avaliada por meio da realização de detecção viral em sangue e urina através da reação da transcriptase reversa, seguida de reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR) utilizando o kit ZDC, desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos/Bio-Manguinhos/Fiocruz. De julho de 2017 a julho de 2018, 477 pacientes com doença exantemática aguda foram incluídos (319 mulheres e 158 homens), sendo 45,9% positivos para infecção por ZIKAV (219/477) [prevalência de 51,4% (164/319) em mulheres e 34,8% em homens (55/158)]. Um paciente foi positivo para dengue e nenhum para chikungunya. Os resultados mostram alta prevalência de infecção por vírus Zika em pacientes exantemáticos, porém uma alta frequência de casos em que as três principais arboviroses de importância para o país não foram detectadas. Diante da circulação de outros arbovírus na região Amazônica como os vírus Mayaro e Oropouche, de outras infecções virais como o vírus da imunodeficiência humana (HIV), parvovírus B19, Epstein Baar e citomegalovírus, da sífilis, e mais recentemente da reemergencia do sarampo em Manaus, faz-se necessário um sistema de vigilância que abranja estas infecções que podem cursar com quadros de doença exantemática aguda na região Amazônica.

Palavras-chaves:  Zika, Dengue, Chikungunya, vigilancia, doença exantemática