CARACTERIZAÇÃO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE HANSENÍASE EM UM MUNICÍPIO DE ALTA ENDEMICIDADE DO ESTADO DO MARANHÃO
KEZIA CRISTINA BATISTA DOS SANTOS 1, TAMIRES BARRADAS CAVALCANTE1, ALINNE SUELMA DOS SANTOS DINIZ1, MARA ELLEN SILVA LIMA1, ARUSE MARIA MARQUES SOARES1, DORLENE MARIA CARDOSO DE AQUINO1, JOSILMA SILVA NOGUEIRA1, RITA DA GRAÇA CARVALHAL FRAZÃO CORRÊA1
1. UFMA - Universidade Federal do Maranhão
kezia_cristinabs@hotmail.com

Introdução : A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de evolução lenta, potencialmente incapacitante, que se manifesta por meio de sinais e sintomas dermatoneurológicos. Apesar de todos os esforços para sua eliminação, ainda é considerada um problema de saúde pública no Brasil. O município de São Luís detém o maior número de casos de hanseníase no estado do Maranhão. Objetivo: Caracterizar o perfil clínico e epidemiológico dos casos de hanseníase no município de São Luís-MA. Desenho do estudo : Estudo epidemiológico, descritivo e quantitativo. Métodos : Utilizou-se dados referentes à cidade de São Luís-MA no período de 2014 a 2016 obtidos a partir da base de dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), por meio do aplicativo TABNET disponível no endereço eletrônico http://www.datasus.gov.br . As variáveis foram selecionadas a partir das caixas de opções (linha, coluna e conteúdo) do aplicativo. Resultados : No período analisado foram notificados 1.539 casos de hanseníase. O ano que ocorreu a maior notificação de casos novos foi 2015 com 562 casos notificados. Observou-se maior frequência na faixa etária de 30-39 anos (20,8%) e no sexo feminino (51,3%). Quanto aos aspectos clínicos, (61,6%) eram da forma dimorfa e (77,0%) classificados como multibacilar. Todos os casos aderiram ao esquema terapêutico com poliquimioterapia, (60,1%) seguem em tratamento, (22,5%) apresentaram cura, (12,3%) foram a óbito e (5,1%) foram transferidos para outros municípios, estados ou país. Discussão : A maioria dos casos notificados no período investigado era do sexo feminino, na forma dirmorfa, com idade entre 30 a 39 anos. O ano que ocorreram mais notificações foi 2015. Conclusão : Os resultados deste trabalho sugerem novas pesquisas que explorem a necessidade de intensificação de estratégias de prevenção e controle da doença.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Hanseníase, Perfil clínico