PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE IDOSOS COM HEPATITE NO ESTADO DO MARANHÃO |
Introdução : Com o aumento da expectativa de vida da população mundial a probabilidade de complicações relacionadas a doenças hepáticas é maior em pessoas idosas, devido a mudanças naturais do envelhecimento e a exposição por vírus hepatótropicos e hepatoxinas ambientais que contribuem com os agravos nessa população. Objetivo : Caracterizar os idosos portadores de hepatite quanto ao perfil socioeconômico e epidemiológico no estado do Maranhão. Desenho do estudo : Estudo epidemiológico, descritivo e quantitativo. Método : Utilizou-se dados referentes ao estado do Maranhão no período de 2007 a 2017 obtidos a partir da base de dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) através do DATASUS via aplicativo TABNET. As variáveis foram selecionadas a partir das caixas de opções (linha, coluna e conteúdo). Resultados : No período analisado foram notificados 709 casos de hepatite em idosos. O ano que ocorreu a maior notificação de casos foi 2009 com 76 casos notificados. Observou-se maior frequência na faixa etária de 60-64 anos (38,6%), sexo masculino (57,7%) e de raça/cor parda (51,5%). Em relação aos aspectos clínicos, quanto a classificação etiológica da doença (56,8%) dos idosos eram portadores do vírus tipo C e (30,6%) vírus tipo B. Dentre os fatores de exposição estão: sexual (10,0%), tratamento cirúrgico (8,8%), transfusional (8,5%), tratamento dentário (4,6%), outros (7,9%) e ignorado (47,1%). Discussão : A maioria dos idosos no período investigado era do sexo masculino, de raça/cor parda, com idade entre 60 a 64 anos, portadores de hepatite C e B. Quanto aos fatores de exposição, o contato sexual e tratamento cirúrgico se mostraram mais predominantes, embora a maioria tenha sido identificada como ignorado/branco. Conclusão : Tais dados reforçam a necessidade completude das informações do SINAN para real avaliação da condição de saúde da população idosa portadora de hepatite no Maranhão. |