PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE IDOSOS COM HEPATITE NO ESTADO DO MARANHÃO
ALINNE SUELMA DOS SANTOS DINIZ 1, KEZIA CRISTINA BATISTA DOS SANTOS1, SAMIA CARINE CASTRO DAMASCENO1, GEYSA SANTOS GÓIS LOPES1, AGOSTINHA PEREIRA ROCHA NETA1, CAMILA DA CONCEIÇÃO PINHEIRO SILVA1, JOSILMA SILVA NOGUEIRA1, ANA PAULA MATOS FERREIRA1, LENA MARIA BARROS FONSECA1
1. UFMA - Universidade Federal do Maranhão, 2. HUUFMA - Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão
dinizalinne@hotmail.com

Introdução : Com o aumento da expectativa de vida da população mundial a probabilidade de complicações relacionadas a doenças hepáticas é maior em pessoas idosas, devido a mudanças naturais do envelhecimento e a exposição por vírus hepatótropicos e hepatoxinas ambientais que contribuem com os agravos nessa população. Objetivo : Caracterizar os idosos portadores de hepatite quanto ao perfil socioeconômico e epidemiológico no estado do Maranhão. Desenho do estudo : Estudo epidemiológico, descritivo e quantitativo. Método : Utilizou-se dados referentes ao estado do Maranhão no período de 2007 a 2017 obtidos a partir da base de dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) através do DATASUS via aplicativo TABNET. As variáveis foram selecionadas a partir das caixas de opções (linha, coluna e conteúdo). Resultados : No período analisado foram notificados 709 casos de hepatite em idosos. O ano que ocorreu a maior notificação de casos foi 2009 com 76 casos notificados. Observou-se maior frequência na faixa etária de 60-64 anos (38,6%), sexo masculino (57,7%) e de raça/cor parda (51,5%). Em relação aos aspectos clínicos, quanto a classificação etiológica da doença (56,8%) dos idosos eram portadores do vírus tipo C e (30,6%) vírus tipo B. Dentre os fatores de exposição estão: sexual (10,0%), tratamento cirúrgico (8,8%), transfusional (8,5%), tratamento dentário (4,6%), outros (7,9%) e ignorado (47,1%). Discussão : A maioria dos idosos no período investigado era do sexo masculino, de raça/cor parda, com idade entre 60 a 64 anos, portadores de hepatite C e B. Quanto aos fatores de exposição, o contato sexual e tratamento cirúrgico se mostraram mais predominantes, embora a maioria tenha sido identificada como ignorado/branco. Conclusão : Tais dados reforçam a necessidade completude das informações do SINAN para real avaliação da condição de saúde da população idosa portadora de hepatite no Maranhão.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Hepatite, Idosos, Perfil clínico