HIDRÓXIDOS DUPLOS LAMELARES (HDLS) COMO CARREADOR DE Sb(V), A PARTIR DE ANTIMONIATO DE MEGLUMINA: SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO
TAMIRES ANDRADE DA SILVA 1, RAFAEL JORGE MELO OMENA1, THIAGO MENDONÇA DE AQUINO1, MARIO ROBERTO MENEGHETTI1, JOSUÉ CARINHANHA CALDAS SANTOS1, LUCIANO APARECIDO MEIRELES GRILLO1, PHABYANNO RODRIGUES LIMA1, JONAS SANTOS SOUSA1, CARMEM LÚCIA DE PAIVA E SILVA ZANTA1, JOSÉ LEANDRO DA SILVA DUARTE1, CAMILA BRAGA DORNELAS1
1. UFAL - Universidade Federal de Alagoas, 2. IFAL - Instituto Federal de Alagoas
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Como principal medida de controle da leishmaniose, a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza o uso de quimioterápicos e, apesar das significativas limitações que acompanham os antimoniais, estes continuam sendo os medicamentos de primeira escolha. Diante deste contexto, como alternativa no carreamento de antimônio, prevê-se a preparação de sistemas binários nanoestruturados, através do uso de Hidróxidos Duplos Lamelares (HDLs). Para tal, foram sintetizados os precursores Mg, Al HDL e antimoniato de meglumina (AM), que foram caracterizados por técnicas como termogravimetria (TGA), espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), difração de raios X (DRX), e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os produtos foram preparados via solução por troca iônica, investigando-se como variáveis: proporção m/m AM- HDL, de 1:3, (AM-HDL 1/temperatura ambiente), (AM- HDL 2/ sob refluxo) ou 1:1 (AM- HDL 3/ sob refluxo). Todos os produtos foram caracterizados pelas técnicas descritas acima, somada a espectroscopia de energia dispersiva (EDS), demanda química de oxigênio (DQO) e ressonância magnética nuclear de 1 H e 13 C (RMN) para o AM- HDL 3. Para investigar a especiação do antimônio foram utilizados protocolos qualitativos. Após a confirmação da síntese dos precursores, a técnica de TGA mostrou que apenas o produto AM- HDL 3 apresentou um novo perfil térmico, e o resultado do MEV aliado ao EDS revelou que o antimônio está distribuído uniformemente por toda a superfície da amostra. Complementando essa informação, quantitativamente, há cerca de 12% de antimônio no produto e esse manteve sua valência Sb(V). O resultado de DQO e FTIR indicaram que o produto é inorgânico, adicionado aos espectros de RMN que foram determinantes para confirmar a substituição da meglumina pelo HDL no carreamento do antimônio. Por fim, a técnica de DRX, ratificou a obtenção de um sistema binário do tipo adsorvato. Em conclusão, este sistema pode representar uma nova abordagem de entrega direcionada e promissora contra a leishmaniose.



Palavras-chaves:  Antimônio, Leishmaniose, Nanotecnologia