CANDIDEMIA POR Candida glabrata EM CRIANÇA, PORTADORA DE DISTÚRBIOS SISTÊMICOS, ATENDIDA EM DIFERENTES HOSPITAIS DA REDE PÚBLICA DE RECIFE, PERNAMBUCO, BRASIL: RELATO DE CASO |
Nos últimos anos, as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) e comorbidades afins têm ganhado maior importância na clínica. Dentre essas, as causadas por fungos são consideradas as de maior morbimortalidade no Brasil. Nesse sentido, destacam-se as espécies de Candida, ocasionando quadros de candidemia, onerando os serviços de saúde e causando lesões em ambiente nosocomial, principalmente em crianças. Esse trabalho relata um caso de um paciente, internado em diferentes hospitais da rede pública de Recife (PE), acometido por inúmeros agravos e candidemia. Paciente J.F.S, com 7 anos e 10 meses de idade, deu entrada em um hospital da rede pública em 04/10/15 com encefalopatia hipóxico-isquêmica, paralisia cerebral, doença do refluxo gastro-esofágico, disfagia grave e febre obscura. Após ser transferido para outra unidade de saúde, em 29/12/15, realizou-se hemocultura, onde identificou-se a presença de Candida glabrata, através do método turbidimétrico VITEK. Procedeu-se o esquema com fluconazol e anfotericina B, com boa resolução. Testes de susceptibilidade antifúngica in vitro demostraram sensibilidade dessa levedura a outros fármacos, como anidulafungina, caspofungina e micafungina. Ao longo de sua evolução, novos swabs foram colhidos e detectou-se Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e Stenotrophomonas maltophila (em secreção de traqueóstomo). Todos esses agravos foram contornados com o uso de antimicrobianos. A candidemia foi solucionada e o paciente obteve alta hospitalar. É fundamental, com isso, reportar a importância do diagnóstico precoce de candidemia para proporcionar uma terapêutica adequada. Sendo assim, o desenvolvimento de novos medicamentos, a fim de amenizar essa micose nos pacientes, bem como demonstrar novas alternativas de terapêutica, torna-se relevante. |