ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, CLÍNICOS E TERAPÊUTICOS DAS ENTEROPROTOZOOSES NO BRASIL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
MATHEUS ALESSANDRO CALLOU FREIRE ¹, DIOGENES PEREIRA LOPES¹, DIONIZIO GONÇALVES BEZERRA NETO¹, LUIZ FELLIPE GONÇALVES PINHEIRO¹, RAIMUNDO DIEGO FERREIRA AMORIM¹, IONARA BASTOS DE MORAIS¹, JOSÉ DENILSON FERREIRA AMORIM¹, IAGO SÁVYO DUARTE SANTIAGO¹, PEDRO WALISSON GOMES FEITOSA¹, MARIA DO SOCORRO VIEIRA GADELHA¹
1. UFCA - Universidade Federal do Cariri
matheuscallou2018@gmail.com

As enteroparasitoses (EP) constituem um grave problema de saúde pública no Brasil. Tais doenças sofrem variações de acordo com escolaridade, idade, moradia, saneamento entre outros. Este estudo objetiva descrever os aspectos epidemiológicos, clínicos, profiláticos e terapêuticos das EP causadas por protozoários. Foi realizada uma revisão sistemática, por meio da literatura online disponível, no banco de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), usando os descritores “Protozoários ” , “Epidemiologia ”, “Terapêutica”, e “Aspectos Clínicos” entre os anos 2008 e 2017. Foram selecionados 1375 artigos completos, dos quais 71 abordavam a temática. Verificou-se uma grande variação tanto na frequência de parasitismo intestinal na população infantil como nos agentes responsáveis, podendo a frequência alcançar índices de quase 80% em algumas regiões. Isso pode ser inferido pelo grande número de mulheres que ingressam no mercado de trabalho, o que torna a creche uma alternativa para as famílias e,como se tratam de ambientes fechados, passam a ser um fator a mais de exposição às EP, muito disso pelo contato interpessoal, pessoal mal treinado e condições indevidas de higiene inerentes às crianças. Viu-se, ainda, a associação entre a frequência de lavagem das mãos e a positividade de G. duodenalis nos profissionais de saúde foi observada em estudo. Assim, entende-se que fatores determinantes na limpeza como a qualidade da água e a forma de lavagem das mãos podem influir no processo de bloqueio de infecção do ser humano. Ademais, outro ponto importante observado é que o  tratamento antiparasitário associado à saneamento, melhorias e atividades educativas foram mostrados como medidas de controle no curto prazo, e produzindo impacto direto sobre a prevalência e carga parasitária, isso é explicado pelo fato de que água sem tratamento e com dejetos humanos, torna-se uma forma frequente de contaminação por parasitos intestinais. As EP são endêmicas em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, afetando desproporcionalmente populações desfavorecidas socialmente, visto que a prevalência de parasitoses está relacionada às condições socioeconômicas dos indivíduos, de acordo com  os dados epidemiológicos, sugerindo a necessidade da fortificação de jurisprudências difusoras do saneamento básico, além de investimentos em educação e saúde pública, buscando a reversão deste quadro.