PRINCIPAIS ASPECTOS CLÍNICOS E TERAPÊUTICOS DA TOXOPLASMOSE CONGÊNITA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
MATHEUS ALESSANDRO CALLOU FREIRE 1, DIOGENES PEREIRA LOPES1, DIONIZIO GONÇALVES BEZERRA NETO1, LUIZ FELLIPE GONÇALVES PINHEIRO1, WASHINGTON MOURA BRAZ1, MARIA DO SOCORRO VIEIRA GADELHA1
1. UFCA - Universidade Federal do Cariri
matheuscallou2018@gmail.com

A toxoplasmose congênita é uma infecção parasitária transmitida da mãe para o feto, durante a gestação por via transplacentária ou durante o parto. As infecções congênitas são importantes causas de morte de fetos e de bebês recém-nascidos.  O objetivo deste estudo foi avaliar a situação clínica e terapêutica de pacientes com diagnóstico de  Toxoplasmose congênita (TOC).  Trata-se de uma revisão sistemática da literatura realizada na base de dados PubMed, utilizando os descritores “Toxoplasmosis” (DeCS), “congenital infections” (DeCS) e “therapy”(DeCS), no período de 2013 a 2018. Foram encontrados 738 artigos completos, em inglês e português, relacionado a humanos, dos quais 22 foram incluídos por estarem diretamente relacionados ao tema. Com relação aos testes diagnósticos sorológicos foram avaliados os níveis séricos de IgM e IgG de gondii por meio de quimiluminescência. Os testes de avidez apresentaram especificidade de 100% e sensibilidade de 50%. Recém nascidos (RNs) com Avidez Baixa tiveram um risco 15 vezes maior de desenvolver Toxoplasmose Congênita em comparação com os RNs com Avidez Alta. Em relação ao teste de PCR para o diagnóstico de TOC, os estudos revelaram que a sensibilidade e especificidade dos testes estão relacionados ao tempo máximo de 5 semanas após o diagnóstico de TO materna, representando 87% e 99%, respectivamente. Com relação aos tratamentos utilizados, percebeu-se a eficácia do tratamento do Toxoplasma gondii na infecção primária quando utilizado Espiramicina isolada ou relacionada com outras drogas, sendo a taxa de transmissão vertical após esquema terapêutico combinado de 9,9%. Diante dos resultados das análises, verifica-se que como há um maior risco de desenvolver TOC em RN com baixa avidez de IgG, este teste tem uma maior capacidade de identificar a probabilidade de transmissão vertical. Já o teste de PCR está sujeito a variações, mas caso o diagnóstico de TOC seja feito em até 5 semanas após o diagnóstico materno, será uma ferramenta importante para a detecção do caso. Além disso, foi demonstrado que a Espiramicina combinada apresenta uma elevada resolutividade. Considerando a análise dos aspectos clínicos observados nessa revisão, torna-se importante ampliar estudos sobre o diagnóstico e a terapêutica da Toxoplasmose congênita de forma a desenvolver métodos mais eficazes, haja vista a escassez mundial de pesquisa nessa temática.

Palavras-chaves: Revisão sistemática; Terapêutica; Toxoplasmose Congênita;



Palavras-chaves:  Toxoplasmose Congênita, Revisão Sistemática, Terapêutica