QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS COM CHIKUNGUNYA DE UMA MICROÁREA EM FORTALEZA-CE
GLEUDSON ALVES XAVIER 3, DALILA AUGUSTO PERES3, NATIANE CÂNDIDO DE SOUZA3, IÊDA BEZERRA DE OLIVEIRA3, RACHEL GABRIEL BASTOS BARBOSA LIMA3
1. UFC - Universidade Federal do Ceará, 2. EBSERH - Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, 3. FAMETRO - Faculdade Metropolitana de Fortaleza
gleudson_xavier@hotmail.com

A fase crônica da Chikungunya pode durar até 3 anos, com intensificação da artralgia e outras complicações como artrite e artrose. Os idosos têm maior risco de cronificação da Chikungunya, devido a própria idade e doenças preexistentes. Fortaleza apresenta-se em destaque, entre os municípios do Ceará, com maior incidência (21,0 casos/100 mil habitantes) em 2017. A qualidade de vida dos idosos com Chikungunya pode ter sofrido influência, justificando-se este estudo. OBJETIVO: Investigar a qualidade de vida em idosos com Chikungunya de uma microárea em Fortaleza-CE. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal realizado em uma microárea localizada no bairro Álvaro Wayne, pertencente a Regional I.  A população foi pessoa com mais de 60 anos que teve Chikungunya, no período de 01/06/2016 à 30/06/2017. O período do estudo foi escolhido após o primeiro caso registrado no Ceará, e até 30/06/2017 período com maior número de caso em 2017. Os critérios de exclusão foram idosos falecidos, ou que não estão mais morando na microárea em estudo. Partiu-se do cadastro dos idosos na ficha e-SUS acessada através de arquivos da unidade de atenção primaria em saúde. Assim, dos 34 idosos residentes, 15 atenderam os critérios de inclusão e exclusão. Foi realizada visita domiciliar, entre 04/05/2018 à 19/05/2018, após aprovação do CEP com parecer n° 2.634.405. Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram a ficha de notificação compulsória para Chikungunya e o questionário de qualidade de vida SF-36 (versão brasileira). RESULTADOS/DISCUSSÕES: Observou-se um predomínio de pessoas entre 60 e 65 anos, do sexo feminino, raça/cor parda; escolaridade nível fundamental incompleto, com hipertensão e diabetes como comorbidades. A qualidade de vida dos idosos foi mais atingida quanto aos domínios de “limitação física”, “dor” e “limitação por aspectos emocionais”, correspondendo as menores pontuações do questionário SF-36. Em menor frequência foram atingidos os domínios de “capacidade funcional”, “vitalidade” e “aspectos sociais. CONCLUSÃO: Evidencia-se que a qualidade de vida dos idosos com Chikungunya da microárea estudo foi impactada, associada ao próprio envelhecimento, que favorece o surgimento de depressão e ansiedade condições que são potencialmente prejudiciais e incapacitantes.

 



Palavras-chaves:  Assistência a Idosos, Brasil, Infecções por Arbovirus, Qualidade de Vida, Vírus Chikungunya