ESTUDO COMPARATIVO DA OCORRÊNCIA DE LEISHMANIOSE VISCERAL NA REGIÃO NORDESTE BRASILEIRA
CARLIANE BASTOS DE LAVOR 1, SABRINA MONTEIRO FEITOSA1, LARISSA OLIVEIRA DA SILVA SILVA1, ROMÉRIA LOPES DE OLIVEIRA OLIVEIRA1, MARIA ANGÉLICA FARIAS GRANGEIRO1, MAGALY LIMA MOTA1, MICAEL SAMPAIO DA SILVA1, JOSÉ RÔMULO CAVALCANTE PRATA JUNIOR1
1. FJN - faculdade de juazeiro do norte
clavor84@hotmail.com

A leishmaniose visceral (LV), ou calazar, é uma doença crônica grave, potencialmente fatal para o homem, cuja letalidade pode alcançar 10% quando não se institui o tratamento adequado. É uma doença de notificação compulsória com elevada prevalência no Brasil. O presente estudo visa determinar a incidência de leishmaniose visceral no Nordeste brasileiro. Trata-se de um estudo retrospectivo e quantitativo, realizado no período de março  a abril de 2018. Para constituição da amostra foram utilizados dados notificados no Sistema de Informação de Agravo e Notificação (SINAN) referente ao período de 2014 a 2017. No referente período foram notificados 2.263 casos de leishmaniose visceral, sendo o ano de 2017 com o maior índice desta doença em todos os Estados da região Nordeste, com 2.017 (90%) casos, com destaque para o Estado do Maranhão, que notificou a maior incidência com 830 (41%) casos, seguido pelo Estado do Ceará, com 390(19%) casos. Após duas décadas de tentativas de controle da LVC no Brasil, o número de casos aumentou significativamente e constata-se a sua expansão para áreas urbanas. Apesar das ações públicas de combate da LV iniciadas há mais de 60 anos, o Ceará ainda apresenta-se como uma área endêmica para a LV, tendo sido registrado no Estado aproximadamente 15% dos casos do País. Pelo mundo, estima-se que aproximadamente 350 milhões de pessoas vivam em áreas de risco para leishmaniose, tendo sido diagnosticada em 88 países, dos quais 72 são em desenvolvimento. Com esse estudo, conclui-se que os casos de leishmaniose visceral aumentaram significativamente no período analisado, sendo o ano de 2017 de maior incidência e o Estado do Maranhão com o maior número de casos confirmados, fazendo-se necessária melhoria nas políticas de saúde pública em relação a profilaxia para o controle e erradicação da doença.



Palavras-chaves:  Leishmaniose visceral, Nordeste brasileiro, Ocorrência