ESTUDO COMPARATIVO DA OCORRÊNCIA DE HEPATITES VIRAIS NA REGIÃO NORDESTE BRASILEIRA
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As Hepatites Virais (HV) são doenças infecciosas sistêmicas que, apesar da variação viral, a susceptibilidade é universal e tem em comum o surgimento de hepatotropismo. São doenças de notificação compulsória com elevada prevalência no Brasil. O presente estudo visa determinar a incidência de hepatites virais no Nordeste brasileiro. Trata-se de um estudo retrospectivo e quantitativo, realizado no período de março a abril de 2018. Para composição da amostra foram utilizados dados notificados no Sistema de Informação de Agravo e Notificação (SINAN) referente ao período de 2010 a 2017. No referente período foram notificados 3.402 casos de hepatites virais, sendo o ano de 2017 com o maior índice destas viroses em todos os Estados da região Nordeste, com 2415 (71%) casos, com destaque para o Estado da Bahia, que notificou a maior incidência, com 940 (28%) casos, seguido pelo Estado do Pernambuco, com 398 (12%) casos. As hepatites virais constituem um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo, que mesmo com o advento de vacinas a morbimortalidade ainda persistem. O Ministério da Saúde estima que 15% da população já teve contato com o vírus da Hepatite B (VHB) e cerca de 60% dos indivíduos apresentam anticorpo anti-VHA. Estudos mostram que há maior prevalência de infecção por hepatite B a partir dos 15 anos de idade, com aumento na 2ª e 3ª décadas de vida. Provavelmente, a maior incidência de casos está associada ao estilo de vida e a comportamentos que oferecem maior risco, como o uso de drogas injetáveis e relações sexuais sem uso de preservativos. Com esse estudo, conclui-se que os casos de hepatites virais aumentaram significativamente no período analisado, sendo o ano de 2017 de maior incidência e o Estado da Bahia com o maior número de casos confirmados, fazendo-se necessária melhoria nas políticas de saúde pública em relação à imunização e profilaxias para o controle e erradicação das hepatites. |