RELAÇÕES SEXUAIS SEM PRESERVATIVO ENTRE ADOLESCENTES DE 15 A 19 ANOS: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS |
Introdução: Os adolescentes são classificados como grupo populacional de risco elevado para Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), pois iniciam cada vez mais cedo a atividade sexual e, comumente, sem a utilização do preservativo e/ou com parceiros casuais. Objetivo: Identificar a prevalência e as características sociodemográficas associadas ao hábito de manter relações sexuais sem preservativo entre adolescentes de 15 a 19 anos. Desenho do estudo: Estudo transversal e quantitativo, com abordagens descritiva e analítica, realizado entre setembro/2014 e agosto/2015 com 1.061 adolescentes de 15 a 19 anos dos municípios de Lagarto e Tobias Barreto, Sergipe, Brasil. Métodos: A coleta de dados ocorreu por meio da aplicação de questionário sobre características sociodemográficas e comportamentos de risco para IST’s. Para análise estatística foram utilizadas as técnicas univariada e bivariada e o teste Qui-quadrado de Independência de Pearson com significância < 0,05 no SPSS 20.0. Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe com o seguinte CAAE: 35147814.8.0000.5546. Resultados: A prevalência do hábito de manter relações sexuais sem preservativo foi de 19,5% (n= 207) entre os adolescentes avaliados, sendo maior entre aqueles com idade entre 17 e 19 anos (66,7%; p= < 0,001). Pontua-se que não foi observada associação estatisticamente significativa entre as variáveis sexo (p= 0,675), zona de moradia (p= 0,660) e nível de escolaridade da mãe (p= 0,964) com o sexo sem proteção nesta faixa etária. Discussão: Os resultados corroboram com as evidências de outros estudos nacionais com delineamento metodológico semelhante. Acredita-se que uma das principais causas desta problemática é a ideia equivocada do uso do preservativo na relação sexual tornar difícil ou inibir o prazer dos envolvidos. Conclusão: Um número considerável de adolescentes de 15 a 19 anos dos municípios avaliados configuram-se como grupo vulnerável às IST’s em razão da não utilização do preservativo nas relações sexuais. |