RELAÇÕES SEXUAIS SEM PRESERVATIVO ENTRE ADOLESCENTES DE 15 A 19 ANOS: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS
LAYS HEVÉRCIA SILVEIRA DE FARIAS2, JOSÉ MARCOS DE JESUS SANTOS2, ROSEMAR BARBOSA MENDES2, CARLA KALLINE ALVES CARTAXO2, RAFAELY MARCIA SANTOS DA COSTA2, ISABÔ ANGELO BESERRA2, MARIA ISABELLE BARBOSA DA SILVA BRITO2, FLÁVIA MÁRCIA OLIVEIRA2
1. UFS - Universidade Federal de Sergipe, 2. CPQAM - Instituto de Pesquisa Aggeu Magalhães
lays_hevercia@hotmail.com

Introdução: Os adolescentes são classificados como grupo populacional de risco elevado para Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), pois iniciam cada vez mais cedo a atividade sexual e, comumente, sem a utilização do preservativo e/ou com parceiros casuais. Objetivo: Identificar a prevalência e as características sociodemográficas associadas ao hábito de manter relações sexuais sem preservativo entre adolescentes de 15 a 19 anos. Desenho do estudo: Estudo transversal e quantitativo, com abordagens descritiva e analítica, realizado entre setembro/2014 e agosto/2015 com 1.061 adolescentes de 15 a 19 anos dos municípios de Lagarto e Tobias Barreto, Sergipe, Brasil. Métodos: A coleta de dados ocorreu por meio da aplicação de questionário sobre características sociodemográficas e comportamentos de risco para IST’s. Para análise estatística foram utilizadas as técnicas univariada e bivariada e o teste Qui-quadrado de Independência de Pearson com significância < 0,05 no SPSS 20.0. Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe com o seguinte CAAE: 35147814.8.0000.5546. Resultados: A prevalência do hábito de manter relações sexuais sem preservativo foi de 19,5% (n= 207) entre os adolescentes avaliados, sendo maior entre aqueles com idade entre 17 e 19 anos (66,7%; p= < 0,001). Pontua-se que não foi observada associação estatisticamente significativa entre as variáveis sexo (p= 0,675), zona de moradia (p= 0,660) e nível de escolaridade da mãe (p= 0,964) com o sexo sem proteção nesta faixa etária. Discussão: Os resultados corroboram com as evidências de outros estudos nacionais com delineamento metodológico semelhante. Acredita-se que uma das principais causas desta problemática é a ideia equivocada do uso do preservativo na relação sexual tornar difícil ou inibir o prazer dos envolvidos. Conclusão: Um número considerável de adolescentes de 15 a 19 anos dos municípios avaliados configuram-se como grupo vulnerável às IST’s em razão da não utilização do preservativo nas relações sexuais.



Palavras-chaves:  Adolescentes, Doenças Sexualmente Transmissíveis, Preservativos