CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EPIDEMIOLÓGICO PARA A TRANSMISSÃO DA ESQUISTOSSOMOSE EM PERNAMBUCO, 2017
BÁRBARA MORGANA DA SILVA 2, JOELMA LAURENTINO MARTINS DE SOUZA2, GLEICE MARIA DOS SANTOS 2, MICHELLE CAROLINE DA SILVA SANTOS MORAIS2, ALUISIO AUGUSTO DA SILVA2, LISENILDO FERREIRA DO NASCIMENTO2, MARCELLA DE BRITO ABATH2
1. UPE - Universidade Pernambuco, 2. SES-PE - Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco
BARBARAMSILVA2016@GMAIL.COM

A esquistossomose mansoni é uma doença parasitária, causada pelo trematódeo Schistosoma mansoni . No Brasil, a esquistossomose é conhecida popularmente como “xistose”, “barriga d’água” e “doença dos caramujos”, e somente três espécies de caramujos são consideradas como hospedeiros intermediários naturais da esquistossomose: Biomphalaria glabrata , B. straminea e B. tenagophila . Pernambuco ainda é considerado a Unidade Federada do Brasil com maior grau de endemicidade para a esquistossomose, sendo a classificação de risco dos municípios definido de acordo com a ocorrência de casos da doença e da presença de caramujos. O presente trabalho tem como objetivo classificar os municípios quanto ao potencial risco de transmissão da esquistossomose mansoni em Pernambuco em 2017. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, utilizando dados secundários do Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose (SISPCE), do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) além de registros bibliográficos e boletins das atividades de campo de pesquisa malacológica para identificação das áreas com coleções hídricas de importância epidemiológica. Para a definição da endemicidade dos municípios pernambucanos foi utilizado a seguinte classificação de risco: município endêmico- presença do caramujo e registro de casos humanos em mais de uma localidade; município vulnerável- presença do caramujo, mas sem registro de caso humano; município focal- presença do caramujo, porém os casos humanos situam-se em apenas uma localidade; município indene- não há presença de caramujos e nem registro de caso humano. A análise demostrou que dos 184 municípios e mais o Distrito de Fernando de Noronha 101(54,6%) municípios foram classificados como endêmicos para a esquistossomose, estes estão localizados na Mesoregião metropolitana, zona da mata e parte do agreste do Estado. Foram ainda considerados como vulneráveis 49 (24,5%) municípios e 35(19,0%) focais. Os dados apresentados demonstram que há registro de caramujos em todos os municípios do estado, favorecendo a expansão da doença. Dessa forma é de fundamental importância a priorização da gestão em saúde pública na definição de estratégias diferenciadas para o enfrentamento desta endemia de forma a garantir a promoção de mudanças favoráveis da situação epidemiológica, detectando os casos e tratando-os oportunamente visando reduzir a evolução para as formas graves e o óbito.



Palavras-chaves:  Endemia, Epidemiologia, Esquistossomose