PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORBIDADE HOSPITALAR POR INFLUENZA NO BRASIL
ISADORA FERREIRA LIMA1, EMANUELLA PERREIRA RIBEIRO1, EMANUEL PERREIRA DIAS MOREIRA1, EDYLANA ALVES DE CARVALHO1, BRUNA ARIANY DE SOUSA1, ANA BEATRIZ RUFINO DOS SANTOS1, JAILSON ALBERTO RODRIGUES1
1. UFPI - Universidade Federal do Piauí
isadoralima94@gmail.com

Há meio milênio, a cada três epidemias de doenças respiratórias, uma é causada pelo vírus influenza. Os vírus influenza B e A podem ser classificados em diferentes subtipos: H1, H2 e H3. Em 2002 e 2003, países como Austrália, Nova Caledônia, Nova Zelândia, Madagascar, Chile, Argentina e Brasil foram atingidos com surtos de influenza, em diferentes intensidades. Diante do exposto, este trabalho objetivou analisar os índices de morbidade hospitalar por influenza no Brasil. Trata-se de um estudo de desenho transversal, com abordagem quantitativa, descritiva e retrospectiva. O cenário de estudo foi o Brasil, o qual divide-se em cinco regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Os dados obtidos foram coletados por meio de consultas na base de dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), referentes ao período de 2008 a 2017. Foram analisadas região de ocorrência, unidade federativa, sexo, faixa etária e raça/cor. Desde 2008 até 2017, em todo Brasil, foram registrados 272.966 casos de internações por influenza. Em 2009, verificou-se um surto, com registro de 42.869 (15,7%) internações hospitalares, caracterizando-o como o ano de maior ocorrência até agora. A região que mais teve registro foi a Nordeste (n=115.020; 42,1%) e o estado da Bahia (n= 40.731; 14% ). Ao analisar sexo, a maioria dos óbitos era feminino (n=137.108; 50,2%). Explorando faixa etária, observou-se que o maior registro de mortes por influenza foi em crianças entre um a quatro anos (n=49.730; 18,2%). Considerando os óbitos de influenza por raça/cor, notou-se que indivíduos pardos foram os mais atingidos (n=102.751; 37,6%). Enfatiza-se, ainda, o registro desta variável “sem informação” (n=80.515; 29,5%). Em um estudo no Hospital Universitário do Oeste do Paraná, de 2005 a 2009, notou-se que a principal causa de internações de crianças com menos de cinco anos foi devido a complicações no sistema respiratório, onde 18% dos internados foram à óbito. A literatura relata que, após uma campanha de vacinação, os índices de morbidade por influenza diminuíram; mas, em crianças menores de dois anos, tiveram predisposição a aumentar. Conclui-se que o perfil epidemiológico de morbidade hospitalar por influenza no Brasil é, na maioria, na população feminina, infantil e parda.



Palavras-chaves:  Hospitalização, Influenza humana, Morbidade