PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS CONGÊNITA EM ALAGOAS NO ANO DE 2017
ISIS HOLANDA PINHEIRO VILELA 1, DANIELLE KARLA ALVES FEITOSA1, ALYNE SUELLEN SILVA PEDROSA1, RODRIGO CARVALHO DE OLIVEIRA MACEDO1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes
isisholandapv@gmail.com

A Sífilis Congênita (SC) é uma doença infectocontagiosa decorrente da disseminação hematogênica do Treponema pallidum da gestante não tratada ou inadequadamente tratada para o seu concepto, por via transplacentária. É responsável por desfechos desfavoráveis como óbito fetal ou perinatal, prematuridade, baixo peso ao nascer, lesões neurológicas e outras sequelas. A transmissão vertical da sífilis pode ocorrer em qualquer período gestacional ou durante o parto, e pode ser evitada através do tratamento da gestante e do parceiro com penicilina benzatina, preferencialmente. A SC é dividida em: precoce (até o segundo ano de vida) e tardia (surge após segundo ano de vida). O tratamento para sífilis congênita é realizado com penicilina.  Este trabalho tem como objetivo conhecer a situação epidemiológica da Sífilis Congênita em Alagoas no ano de 2017.  A metodologia utilizada baseou-se na análise de dados fornecidos pelo Departamento de informática do SUS (DATASUS), e utilizaram-se as variáveis: classificação, evolução, diagnóstico gestacional, realização de pré-natal e tratamento do parceiro. Foram identificados 375 casos confirmados de SC no período analisado. Destes 299 são classificados como SC precoce, 2 natimortos/aborto por sífilis, 13 foram descartados e 61 a foi classificação ignorada. Com relação à evolução 8 evoluíram á óbito devido ao agravo e 2 óbitos devido a outra causa.  O diagnóstico gestacional destes casos, 158 foi durante o pré-natal, 132 no momento do parto e 54 pós-parto. 291 gestantes realizaram o pré-natal, enquanto 47 não fizeram. O tratamento do parceiro foi realizado em apenas 92 casos, enquanto que 196 não o fizeram e 87 casos teve a informação ignorada. Os dados refletem a precariedade da saúde primária no país, na qual a SC pode ser evitada, através da realização correta do pré-natal, não podendo ser feita no interparto ou pós-natal, fato que ressalta a relação direta entre a frequência da enfermidade e a qualidade dos serviços de atenção básica e saúde da mulher. Além do tratamento da gestante é imprescindível a realização do tratamento do parceiro, na qual os dados confirmam um número reduzido. Portanto, é necessário que haja uma vigilância epidemiológica da sífilis gestacional para evitar a transmissão vertical, implementação do tratamento adequando como também avaliação destas medidas, visto que as consequências deste agravo podem comprometer a vida ou deixar sequelas graves.



Palavras-chaves:  epidemiologia, prevenção, sífilis congênita