PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO TÉTANO ACIDENTAL NA REGIÃO NORDESTE NO ANO DE 2017
ISIS HOLANDA PINHEIRO VILELA 1, ALYNE SUELLEN SILVA PEDROSA1, DANIELLE KARLA ALVES FEITOSA1, RODRIGO CARVALHO DE OLIVEIRA MACEDO1, JAIANE MARIA DE BRITO NOBRE1, CHRISTIANE LIMA MESSIAS1, KAMILLA PEIXOTO BANDEIRA1, JOÃO ANCELMO DOS REIS NETO 1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes, 2. CESMAC - Centro Universitário Cesmac
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O Tétano é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada pelo Clostridium tetani , que penetra no organismo através de uma porta de entrada, seja ela um ferimento leve ou grave. O C. tetani está presente e livre no meio ambiente, juntamente com poeira, areia, objetos enferrujados, instrumentos cirúrgicos não esterilizados e outros. O Tétano Acidental (TA) pode apresentar-se de forma localizada ou generalizada, de acordo com a distribuição da contratura e espasmos musculares. O tétano pode ser caracterizado como risco ocupacional de categorias específicas de trabalhadores, dentre estes se destacam os da indústria da construção civil. O TA ainda é uma doença frequente nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, mas que pode ser prevenida por imunização. Este trabalho tem como objetivo conhecer a situação epidemiológica do Tétano Acidental na Região Nordeste no ano de 2017. A metodologia utilizada baseou-se na análise de dados fornecidos pelo Departamento de informática do SUS (DATASUS), e utilizaram-se as variáveis: idade, sexo, Unidade da Federação (UF) de atendimento e evolução. Foi identificado um total de 57 casos confirmados no período analisado, com predomínio do sexo masculino correspondendo a 91,22% destes, contra 8,78% do sexo feminino. As faixas etárias mais prevalentes foram de 40-59 anos e 20-39 anos com 29 e 11 casos respectivamente. Os Estados da região com maiores índices são Ceará, Maranhão e Bahia que apresentam 22,8% e os dois últimos 19,3% respectivamente. 20 pessoas evoluíram para óbito pelo agravo, 5 morreram por outras causas, 24 tiveram cura e 8 casos foram ignorados. Estes dados remetem a uma reflexão sobre a deficiência da saúde pública no que condiz a imunização da população, visto que este agravo pode ser prevenido através da vacinação. Os programas de vacinação tem privilegiado o controle do tétano neonatal, e consequentemente as mulheres em período reprodutivo são beneficiadas, pois é vacinada com a finalidade de proteger a criança. Contudo, há uma baixa cobertura vacinal ao adulto, principalmente os homens, por não estarem incluídos nos programas e campanhas de imunização, atrelado a isto os homens estão mais expostos aos fatores ocupacionais. Mesmo o tétano se tratar de uma doença prevenível por imunização, ainda é frequente. Portanto, é necessário que haja políticas públicas de imunizações eficientes, com inclusão maciça de homens nestas.



Palavras-chaves:  epidemiologia, tétano, vacinação