PERFIL DOS INTERNAMENTOS POR DENGUE CLÁSSICA NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2017 A ABRIL DE 2018, EM ALAGOAS
ISIS HOLANDA PINHEIRO VILELA 1, DANIELLE KARLA ALVES FEITOSA1, ALYNE SUELLEN SILVA PEDROSA1, RODRIGO CARVALHO DE OLIVEIRA MACEDO1, JAIANE MARIA DE BRITO NOBRE1, CHRISTIANE LIMA MESSIAS1, JOÃO ANCELMO DOS REIS NETO 1, KAMILLA PEIXOTO BANDEIRA1, ANDREZA DIONISIO FRANCELINO 1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes, 2. CESMAC - Centro Universitário Cesmac
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A dengue é um problema de saúde pública, devido ao grande número de casos da doença, fazendo dela a mais frequente das arboviroses.  É transmitida por meio da picada do mosquito Aedes aegypti.  É uma doença sazonal, ocorrendo com maior frequência em períodos quentes e de alta umidade, condições que favorecem a proliferação do mosquito transmissor. Após a picada, o período de incubação é em média de 4 a 7 dias. As principais formas clínicas são Dengue Clássica (DC), Dengue com Complicações (DCC) e Febre Hemorrágica da Dengue (FHD). A DC se caracteriza por febre alta de início súbito, cefaleia, dor retro-orbitária, prostração, mialgia intensa, artralgia, anorexia, náuseas, vômitos, exantema e prurido cutâneo. Este trabalho tem como objetivo conhecer a situação epidemiológica de internamentos por Dengue Clássica em Alagoas no período de janeiro de 2017 a Abril de 2018. A metodologia utilizada baseou-se na análise de dados fornecidos pelo Departamento de informática do SUS (DATASUS), e utilizaram-se as variáveis: idade, sexo, caráter de atendimento, custos financeiros e óbitos. Foi identificado um total de 205 internamentos devido a dengue no período analisado, destes houve um discreto predomínio do sexo masculino com 106 internamentos. As faixas etárias mais prevalentes foram de 5-9 anos, menor de 1 ano e 20-29 anos, correspondendo a 17,5%, 12,6%, 12,6% respectivamente. Com relação ao caráter do atendimento 99,02 % foi de caráter de urgência, seguido de apenas 0,8% de atendimento eletivo. Foram gastos cerca 72.173,38 reais em todo o estado. Foi identificado apenas 1 óbito neste período.  Como não existe um tratamento específico para a dengue, na qual consiste em sintomáticos e hidratação, as indicações para internamentos são para casos mais graves assim como foi observado através do caráter de atendimento, evidenciando a gravidade de uma doença aparentemente inofensiva e com possível controle. Contudo, a combinação de vários fatores conjunturais e estruturais favorece a expansão e a manutenção da circulação do vírus e seus vetores. A inadequada infraestrutura (habitação deficiente, reservatórios de água inadequados, limpeza de lixo insuficiente), dificulta o controle vetorial. Portanto, é necessário que haja políticas públicas mais eficazes para combater o vetor da dengue e consequentemente os internamentos e gastos públicos devido a esta doença.



Palavras-chaves:  dengue, epidemiologia, prevenção