PERFIL DOS INTERNAMENTOS POR DENGUE CLÁSSICA NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2017 A ABRIL DE 2018, EM ALAGOAS |
A dengue é um problema de saúde pública, devido ao grande número de casos da doença, fazendo dela a mais frequente das arboviroses. É transmitida por meio da picada do mosquito Aedes aegypti. É uma doença sazonal, ocorrendo com maior frequência em períodos quentes e de alta umidade, condições que favorecem a proliferação do mosquito transmissor. Após a picada, o período de incubação é em média de 4 a 7 dias. As principais formas clínicas são Dengue Clássica (DC), Dengue com Complicações (DCC) e Febre Hemorrágica da Dengue (FHD). A DC se caracteriza por febre alta de início súbito, cefaleia, dor retro-orbitária, prostração, mialgia intensa, artralgia, anorexia, náuseas, vômitos, exantema e prurido cutâneo. Este trabalho tem como objetivo conhecer a situação epidemiológica de internamentos por Dengue Clássica em Alagoas no período de janeiro de 2017 a Abril de 2018. A metodologia utilizada baseou-se na análise de dados fornecidos pelo Departamento de informática do SUS (DATASUS), e utilizaram-se as variáveis: idade, sexo, caráter de atendimento, custos financeiros e óbitos. Foi identificado um total de 205 internamentos devido a dengue no período analisado, destes houve um discreto predomínio do sexo masculino com 106 internamentos. As faixas etárias mais prevalentes foram de 5-9 anos, menor de 1 ano e 20-29 anos, correspondendo a 17,5%, 12,6%, 12,6% respectivamente. Com relação ao caráter do atendimento 99,02 % foi de caráter de urgência, seguido de apenas 0,8% de atendimento eletivo. Foram gastos cerca 72.173,38 reais em todo o estado. Foi identificado apenas 1 óbito neste período. Como não existe um tratamento específico para a dengue, na qual consiste em sintomáticos e hidratação, as indicações para internamentos são para casos mais graves assim como foi observado através do caráter de atendimento, evidenciando a gravidade de uma doença aparentemente inofensiva e com possível controle. Contudo, a combinação de vários fatores conjunturais e estruturais favorece a expansão e a manutenção da circulação do vírus e seus vetores. A inadequada infraestrutura (habitação deficiente, reservatórios de água inadequados, limpeza de lixo insuficiente), dificulta o controle vetorial. Portanto, é necessário que haja políticas públicas mais eficazes para combater o vetor da dengue e consequentemente os internamentos e gastos públicos devido a esta doença. |