PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE LEPTOSPIROSE EM ALAGOAS NO ANO DE 2017
ISIS HOLANDA PINHEIRO VILELA 1, ALYNE SUELLEN SILVA PEDROSA1, DANIELLE KARLA ALVES FEITOSA1, RODRIGO CARVALHO DE OLIVEIRA MACEDO1, JAIANE MARIA DE BRITO NOBRE1, CHRISTIANE LIMA MESSIAS1, MATHEUS SOARES BARACHO RAMOS1, JOÃO ANCELMO DOS REIS NETO 1, ANDREZA DIONISIO FRANCELINO 1, KAMILLA PEIXOTO BANDEIRA1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes, 2. CESMAC - Centro Universitário Cesmac
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A leptospirose é uma doença bacteriana aguda, de distribuição global, e resulta da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados. Sua ocorrência está relacionada à exposição aos fatores de risco como situações ocupacionais específicas, precárias condições de infraestrutura sanitária, alta infestação de roedores infectados e a ocorrência de enchentes que favorecem o contato de humanos com as excretas dos reservatórios. A penetração do microrganismo no hospedeiro acontece pela pele com lesões, na pele íntegra quando imersa em água por longo tempo, ou pelas mucosas. Nos países tropicais, é uma doença de caráter endêmico, e os surtos ocorrem durante a estação chuvosa, coincidindo com áreas inundadas. Pode manifestar-se de maneira assintomática, por quadros leves ou casos graves que podem levar a morte. O diagnóstico baseia-se no quadro clínico e nos dados epidemiológicos, sendo confirmado por testes laboratoriais. Este trabalho tem como objetivo conhecer a situação epidemiológica da Leptospirose em Alagoas no ano de 2017. A metodologia utilizada baseou-se na análise de dados fornecidos pelo Departamento de informática do SUS (DATASUS), e utilizaram-se as variáveis: idade, sexo, critério diagnóstico, mês de aparecimento dos sintomas e evolução. Foi identificado um total de 67 casos confirmados no período analisado, com predomínio do sexo masculino correspondendo a 89,6% dos casos, contra 10,4% do sexo feminino. As faixas etárias mais prevalentes foram de 20-39, 40-59 e 15-19 anos com 35,8%, 28,4% e 19,4% respectivamente. 52 casos foram confirmados clinico-laboratorialmente, contra 15 confirmados por dados clínico-epidemiológico. Os meses que apresentaram maiores índices de incidência foram junho e junho sendo responsáveis por 41,8% e 28,9% respectivamente. 53 pessoas evoluíram com cura enquanto 12 pessoas chegaram a óbito pelo agravo. De acordo com os dados obtidos fica evidente o predomínio dos casos nos meses chuvosos da região, como também a precariedade da infraestrutura das cidades brasileiras que não apresentam eficácia no seu escoamento, favorecendo o seu acúmulo e consequentemente aumento do risco da transmissão da doença. Pontando, é necessário que haja a implementação de medidas de prevenção e controle com obras de saneamento básico, coleta e tratamento de lixo e esgotos, limpeza e canalização de córregos e o controle de roedores.



Palavras-chaves:  epidemiologia, leptospirose, prevenção