PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA INTOXICAÇÃO EXÓGENA NO ESTADO DE PERNAMBUCO NO ANO DE 2017.
IVYSON DA SILVA EPIFÂNIO 1, LAIANE MOREIRA VIANNA MAGALHÃES1, NATHÁLIA ALVES CASTRO DO AMARAL1, EDNA MARIA DA SILVEIRA MONTEIRO1, DANIEL FRIGUGLIETTI BRANDESPIM1
1. UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2. UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro
IVYSON_7@HOTMAIL.COM

As in toxicações exógenas ocorrem nos seres humanos, devido a exposição de forma aguda ou crônica a qualquer substância química disponível no meio ambiente. Este estudo objetivou realizar uma análise do perfil epidemiologico das notificações dos casos de intoxicações exogenas no estado de Pernambuco no ano de 2017. Foi realizado um estudo do tipo descritivo retrospectivo a partir dos dados disponíveis no endereço eletrônico do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Verificou-se que de janeiro a dezembro do ano de 2017, o estado de Pernambuco registrou 6.920 casos de intoxicação exógena por diversos agentes tóxicos, como medicamentos (43,84%), agrotóxicos agrícolas (3,71%), agrotóxicos domésticos (1,16%) e agrotóxicos de interesse em saúde pública (0,46%), raticidas (2,80%), produtos veterinários (0,79%), produtos de uso domiciliar (5,04%), cosméticos (2,41%), produtos químicos (2,40%), metais (0,11%), abuso de drogas (12,00%), plantas tóxicas (0,85%), alimentos e bebidas (13,55%), brancos e/ou ignorados (8,77%), entre outros (2,03%). Quando se correlaciona  as intoxicações exógenas às  circunstâncias que levaram-nas a ocorrer, verificou-se que  apenas 1.097 (15,85%) das intoxicações ocorreram de forma acidental, enquanto  1.435 (20,74%) que ocorreram como tentativa de suicídio no estado de Pernambuco e os outros 4.388 (63,41%) casos tiverem outras circunstâncias de menor importância. Os resultados demonstram que a população brasileira utiliza de forma rotineira os produtos que são ou podem ter caráter tóxico . Em grande parcela da exposição à intoxicação exógena, demostrou-se que a principal circunstancia da intoxicação foi a intenção  de cometer o suicídio, seguida pela forma acidental. Sendo assim, torna-se  necessário o esclarecimento sobre o perigo no uso desses produtos,   por meio de ações de saúde pública direcionadas à  sensibilização da população frente aos riscos do uso destas substâncias e uma maior fiscalização na comercialização destes produtos que deveriam ter  sua venda mais controlada e restrita, além do controle adequado da dispensação pelos órgãos de saúde locais.



Palavras-chaves:  Saúde pública, Epidemiologia, Medicamentos , Suicídio , Intoxicação