MALÁRIA NA AMAZÔNIA: AVANÇOS EPIDEMIOLÓGICOS |
A malária é uma das mais importantes causas de morbidade e mortalidade nas regiões tropicais do mundo, é uma doença infecciosa transmitida pela fêmea do mosquito Anopheles , provocado por parasitas do gênero Plasmodium . No Brasil, cerca de 99% dos casos são notificados na região Amazônica, que apresenta condições climáticas e socioeconômicas favoráveis a disseminação da doença. Por conta desse quadro, foi criado em 2003 o Programa Nacional de Controle da Malária (PNCM), numa tentativa de reduzir os danos desse parasita. Esse trabalho tem por objetivo analisar o avanço epidemiológico da malária na Amazônia e os desafios de sua erradicação. Portanto, foi realizado um estudo documental, retrospectivo, na base de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram analisados dados referentes a notificações de malária na região amazônica do ano de 2003 a 2016. Em 2003, na região amazônica foram registrados 408.715 casos de malária, que teve seu maior número registrado em 2005, com mais de 600.00 casos registrados durante o ano. Contudo, nos anos seguintes ocorreu uma queda vertiginosa desse número, chegando em 2016 a 129.537 caso notificados, demonstrando que o PNCM obteve resultados favoráveis, através de táticas com o enfoque no diagnóstico precoce e tratamento de casos clínicos para reduzir a transmissão e morbidade. Porém o número de casos ainda é expressivo, por conta das dificuldades impostas pelo próprio território propicio a procriação do mosquito e a desafios diagnóstico no caso de pacientes assintomáticos e dos que desenvolvem sintomas que não são comuns a doença. Sendo assim, para que os casos continuem diminuindo é necessário o investimento maior em novas formas de diagnostico mais efetivas e formas alternativas de controle do mosquito que sejam adequadas para a região amazônica. Além de um maior estimulo a prevenção e ao tratamento precoce, buscando informar a população a buscar periodicamente postos de saúde para potencias diagnósticos. |