PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE EM PERNAMBUCO
MARTA GLEICE FIRMINO 1, MARINALVA HELENA FIRMINO1, YOHANNA CAVALCANTI DE LIMA1, JAALLA FÚLVIA PEREIRA DA SILVA1, MYLKA VITÓRIA DE JESUS SILVA1, JULIANE DA SILVA CRUZ1, MARIA EDUARDA MAGALHÃES DE MENEZES1, CARINA SCANONI MAIA1
1. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
martagleice@hotmail.com

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis , considerada um importante problema de saúde publica, pois um terço da população mundial esta infectada pelo bacilo e o Brasil ocupa a 16 posição em termos de incidência com 19.731 casos diagnosticados em 2016. Este trabalho tem como objetivo apresentar o perfil clínico e epidemiológico da tuberculose no estado de Pernambuco no ano de 2016. Para isso, foi realizada um estudo documental retrospectivo de caráter quantitativo na base de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde -DATASUS. As variáveis estudadas foram sexo, faixa etária, forma, agravos associados, 1º teste baciloscópico e cultura do escarro. Em 2016 o Nordeste apresentou 5.003 casos diagnosticados ocupando 2º lugar no Brasil, Pernambuco ocupou 5º lugar nacional com 1.194 casos. Destes, 71,27% eram do sexo masculino, 51,17% tinham entre 20-39 anos, 10,05%  apresentam a forma extrapulmonar e 2,68% a forma extrapulmonar+pulmonar, 50,92%  apresentaram resultado positivo no exame baciloscópico e 4,27% na cultura de escarro. Entre os agravos associados 10,47% tem AIDS, 7,70% sofrem de diabetes, 2,76% de algum tipo de doença mental, 18,34% de alcoolismo e 10,22% fazem uso de drogas ilícitas. A situação foi encerrada por óbito causado pela tuberculose em 1,09% dos casos. Ao se analisar os dados obtidos, observou-se que a doença afeta mais homens, sendo mais frequente na idade reprodutiva, 78,14% dos casos foram registrados em indivíduos entre 20-59 anos, o que devido o valor social agregado ao trabalho, provoca um agravamento na situação, pois o estigma contribui de forma significativa para a exclusão social e do mercado de trabalho das pessoas acometidas pela doença. Outro fator importante a se destacar é a falta de realização de determinados exames, como a sorologia para HIV, em 31,91% dos casos esse teste não foi realizado, mesmo sendo a coinfecção por HIV responsável por modificar a apresentação clínica da tuberculose, duração do tratamento, tolerância e resistência às drogas e possivelmente a susceptibilidade dos comunicantes envolvidos.



Palavras-chaves:  Doenças infectocontagiosas, Perfil epidemiológico, Tuberculose