ACIDENTES ESCORPIÔNICOS: SURTOS PRODUZEM ALERTAS EM REGIÃO NORDESTE
LARA DE ALMEIDA CARDOSO FERREIRA1, IVANICE BEZERRA DA SILVA GOMES1, JOÃO PEREIRA DE ASSIS NETO1, MARIANA BELMONT CARVALHO XAVIER CRUZ1, NATHÁLIA BARROS MANGUEIRA CAVALCANTI 1, CLÉLIA DE ALENCAR XAVIER MOTA1, ANTÔNIO RAMOS NOGUEIRA FERNANDES1, LUÍSA ESCOREL DE ARAÚJO SILVA1
1. FAMENE - FACULDADE DE MEDICINA NOVA ESPERANÇA, 2. UFPB - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, 3. FCM - PB - Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba
nathaliabcavalcanti@hotmail.com

O escorpionismo é o envenenamento pelo escorpião, ocorrendo em maior quantidade nos períodos de maior de temperatura e umidade. A gravidade dos acidentes dependerá de fatores: espécie, tamanho, quantidade de veneno, massa corporal, diagnóstico precoce e outros. Ocorrem em torno de 1.200.000 acidentes/ano com mortes de cerca de 3.250 pessoas/ano no mundo. No Brasil, espécies do gênero Tityus são importantes na saúde pública. Este trabalho pretende identificar o aumento dos acidentes escorpiônicos na Região Nordeste, além de apresentar a sua sintomatologia, tratamento e prevenção. Trata-se de uma revisão literária, com utilização de publicações nas bases de dados SCIELO, Ministério da Saúde e Google, no período 2003 à 2017, a partir dos descritores: acidentes por escorpiões e escorpionismo no Pernambuco. Os grupos mais vulneráveis para tais acidentes são trabalhadores da construção civil, crianças e pessoas que permanecem maiores períodos dentro de casa. Foi observado um aumento das taxas de incidência de acidentes causados pelos escorpiões em diversos Estados do Nordeste do Brasil, como exemplo os surtos no Estado de Pernambuco no ano de 2017, no período de Janeiro a Junho, com registro de 705 casos pela Secretaria de Saúde, correspondendo 25% a mais do que o mesmo período no ano de 2016. Segundo a literatura, ocorre morte em 0,59% dos casos graves, com os óbitos mais associados a acidentes por T. serrulatus . O veneno do escorpião apresenta neurotoxinas, induzindo a liberação dos neurotransmissores catecolaminas e acetilcolina, responsáveis pelos sinais e sintomas. O quadro clínico é representado por manifestações locais e/ou sistêmicas. Os acidentes podem ser classificados como leves, moderados e graves. O tratamento será dividido em sintomático, específico e de suporte, com o objetivo de neutralizar as toxinas, diminuir as manifestações e manter as funções vitais. Como meios para prevenir os ataques, chama-se atenção para: manter limpas as instalações, evitar acúmulo de lixo, vistoriar calçados, não andar descalço e outros. Com base no pesquisado, nota-se que há um aumento dos acidentes escorpiônicos nos últimos anos ao mesmo tempo em que há uma falha no sistema de saúde, onde tais ocorrências são negligenciadas. Assim, este estudo contribui para a Saúde Pública ao mostrar que informações sobre o escorpionismo são importantes, principalmente para aqueles que pertencem ao grupo de risco.



Palavras-chaves:  Acidentes Escorpiônicos, Escorpionismo, Região Nordeste, Saúde Pública