A CRESCENTE VARIANTE DO VÍRUS DA GRIPE. REVISÃO INTEGRATIVA. |
O vírus Influenza é o agente infeccioso que afeta o trato respiratório resultando em altos índices de morbidade e mortalidade. São orthomyxovírus, com um genoma de RNA que contém 8 diferentes segmentos de RNA, cada um codificando as proteínas virais, conferindo assim uma alta variabilidade dos vírus de influenza. Os vírus da gripe foram caracterizados na década de 1930 e o primeiro sorotipo identificado foi denominado H1N1. Uma mudança antigênica em 1957 deu origem ao sorotipo H2N2 e à pandemia conhecida como gripe asiática. Outra mudança ocorreu em 1968 e surgiu o sorotipo H3N2 que culminou com a gripe de Hong Kong. O objetivo foi compreender o impacto dos sorotipos do vírus influenza no Brasil ano de 2017. Trata-se de um estudo bibliográfico, tipo revisão integrativa com fundamentação em artigos de periódicos científicos publicados entre o ano de 2009 a 2018, pesquisados em bases de dados LILACS e MEDLINE. No Brasil em 2017 foram confirmados uma positividade para influenza em 16,1% (1.995/12.388) do total de amostras com classificação final de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) notificados na vigilância universal, com predomínio do vírus Influenza A (H3N2). Até a 32º semana de 2017, foram notificados 2.056 óbitos por SRAG, sendo 221 casos (64,8%) de influenza A (H3N2) e 9 (2,6%) decorrentes de influenza A (H1N1). Trabalhadores da área da saúde, indígenas, gestantes, portadores de doenças crônicas, crianças menores de 2 anos e adultos de 20 a 39 anos estão no grupo de risco para ambos sorotipos. O tratamento pode ser realizado com: antivirais fosfato de oseltamivir (Tamiflu) e zanamivir -inibidores de neuraminidase, que agem no vírus influenza A e B dentro das primeiras 48 horas. A principal medida imunizadora é a vacina anual, sendo essa, trivalente de vírus vivos atenuados adaptados ao frio, contendo cepas de vírus da influenza A (H3N2), influenza A (H1N1) e influenza B, que anualmente são alteradas, de acordo com recomendações da OMS. Devido à alta variabilidade e constante surgimento de novos sorotipos esse vírus representa uma elevada mortalidade, alta transmissibilidade, insuficiência das medidas tradicionais e universais de higiene em relação à prevenção, causando um impacto, tanto em indivíduos de risco como na população em geral, muito significativo motivando assim o desenvolvimento de novas abordagens para sua prevenção e controle, sendo a vacinação seu pilar principal. |