A CRESCENTE VARIANTE DO VÍRUS DA GRIPE. REVISÃO INTEGRATIVA.
MARIANA BELMONT CARVALHO XAVIER CRUZ 1, ANTÔNIO RAMOS NOGUEIRA FERNANDES1, IVANICE BEZERRA DA SILVA GOMES1, JOÃO PEREIRA DE ASSIS NETO1, LARA DA ALMEIDA CARDOSO FERREIRA1, LUÍSA ESCOREL DE ARAÚJO SILVA1, NATHÁLIA BARROS MANGUEIRA CAVALCANTI1, CLÉLIA DE ALENCAR XAVIER MOTA1
1. FAMENE - Faculdade de Medicina Nova Esperança, 2. FCM - PB - Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba, 3. UFPB - Universidade Federal da Paraíba
maaribelmont@gmail.com

O vírus Influenza é o agente infeccioso que afeta o trato respiratório resultando em altos índices de morbidade e mortalidade. São orthomyxovírus, com um genoma de RNA que contém 8 diferentes segmentos de RNA, cada um codificando as proteínas virais, conferindo assim uma alta variabilidade dos vírus de influenza. Os vírus da gripe foram caracterizados na década de 1930 e o primeiro sorotipo identificado foi denominado H1N1. Uma mudança antigênica em 1957 deu origem ao sorotipo H2N2 e à pandemia conhecida como gripe asiática. Outra mudança ocorreu em 1968 e surgiu o sorotipo H3N2 que culminou com a gripe de Hong Kong. O objetivo foi compreender o impacto dos sorotipos do vírus influenza no Brasil ano de 2017. Trata-se de um estudo bibliográfico, tipo revisão integrativa com fundamentação em artigos de periódicos científicos publicados entre o ano de 2009 a 2018, pesquisados em bases de dados LILACS e MEDLINE. No Brasil em 2017 foram confirmados uma positividade para influenza em 16,1% (1.995/12.388) do total de amostras com classificação final de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) notificados na vigilância universal, com predomínio do vírus Influenza A (H3N2). Até a 32º semana de 2017, foram notificados 2.056 óbitos por SRAG, sendo 221 casos (64,8%) de influenza A (H3N2) e 9 (2,6%) decorrentes de influenza A (H1N1). Trabalhadores da área da saúde, indígenas, gestantes, portadores de doenças crônicas, crianças menores de 2 anos e adultos de 20 a 39 anos estão no grupo de risco para ambos sorotipos. O tratamento pode ser realizado com: antivirais fosfato de oseltamivir (Tamiflu) e zanamivir -inibidores de neuraminidase, que agem no vírus influenza A e B dentro das primeiras 48 horas. A principal medida imunizadora é a vacina anual, sendo essa, trivalente de vírus vivos atenuados adaptados ao frio, contendo cepas de vírus da influenza A (H3N2), influenza A (H1N1) e influenza B, que anualmente são alteradas, de acordo com recomendações da OMS. Devido à alta variabilidade e constante surgimento de novos sorotipos esse vírus representa uma elevada mortalidade, alta transmissibilidade, insuficiência das medidas tradicionais e universais de higiene em relação à prevenção, causando um impacto, tanto em indivíduos de risco como na população em geral, muito significativo motivando assim o desenvolvimento de novas abordagens para sua prevenção e controle, sendo a vacinação seu pilar principal.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Gripe, Vírus Influenza