AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) EM PACIENTES PORTADORES DO HIV NA CIDADE DE RECIFE - PE
KARINNE AZEVEDO AMORIM 1, JAIR CARNEIRO LEÃO1, TAÍSA MELÂNIA DE OLIVEIRA1, ANA MARIA ROCHA DA CRUZ LEITE1, EDERLINE VANINI DE BRITO1, LYVIA NAYÁ BEZERRA DA SILVA1
1. UNINASSAU - UNIVERSIDADE MAURÍCIO DE NASSAU, 2. UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
k_azevedobr@yahoo.com.br

A infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) é a infecção viral sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo, de grande impacto para a saúde pública sendo associada com quase todos os cânceres cervicais, 80-90% dos cânceres anais e uma alta proporção de câncer na orofaringe, vagina, vulva e pênis. Sabe-se que, independentemente do sexo, portadores de HIV possuem alto risco para desenvolvimento de lesões malignas e a co-infecção pelo vírus HPV é motivo de preocupação na sociedade. Diante disso, foi realizado um estudo transversal observacional onde foram avaliados 90 indivíduos de ambos os sexos, todos maiores de 18 anos, tratados em dois centros de referência em tratamento de ISTs da cidade do Recife, Pernambuco, Brasil. Após o consentimento, foi coletada a saliva e uma entrevista foi realizada com foco nas características sócio-demográficas e na história médica do paciente. Em laboratório, foi realizado o rastreamento do HPV. Na amostra predominou a presença do sexo masculino 59 de 90 (65,6%), com idade média de 38,8 anos, variando entre 18 e 69 anos, renda familiar média de 1,95 Salários Mínimos (DP = 1,37). A prevalência de HPV nesta amostra foi de 23 de 90 (25,6%). A co-infecção por HPV é comumente observada em pacientes portadores de HIV. Não há um consenso sobre a prevalência ou sobre o poder carcinogênico do HPV.  Considera-se que esta dúvida persiste porque a maioria dos estudos consegue resultados discrepantes com uma estimativa de pequeno número de pacientes, e pouca identificação entre os muitos tipos de HPV encontrados em lesões. Os dados obtidos nesta pesquisa buscaram enfatizar a importância da associação entre o HPV e o HIV contribuindo, assim, com a divulgação de importantes achados em saúde pública, dentro e fora do âmbito acadêmico. Diante do exposto, visto que todos os pacientes apresentavam-se assintomáticos, sabe-se que devido à alta prevalência de HPV em pacientes imunocomprometidos, deve-se estabelecer o diagnóstico precoce e a vigilância continuada, com o objetivo de evitar o desenvolvimento de lesões cancerígenas ou detectá-las o mais precocemente possível.



Palavras-chaves:  Infecções por HIV, Infecções Sexualmente Transmissíveis, Papilomaviridae, Papilomavírus Humano