ROMÃ (PUNICA GRANATUM L.) COMO ALTERNATIVA NO TRATAMENTO DE FERIDAS DEVIDO À PRESENÇA DE TANINOS
ÉRIKA LOIOLA SILVA1, LAÍS HELENA GUIMARÃES1, CRISTIANE DA SILVA MELO1, PATRÍCIA NERY SILVA SOUZA1
1. IFNMG - CAMPUS SALINAS - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais- Campus Salinas
erikalsal@hotmail.com

A utilização de plantas medicinais como forma de tratamento de várias doenças é algo realizado desde os primórdios da humanidade e é um conhecimento passado de geração em geração durante séculos. Esse conhecimento aliado ao conhecimento científico possibilita a utilização das plantas com eficácia e segurança e pode resultar na descoberta de novos medicamentos. Ação fitoterápica da romã tem despertado o interesse principalmente na área da saúde, mostrando-se promissora para os produtos farmacêuticos. A Romã ( Punica granatum L. ) tem sido indicada popularmente para o tratamento de inflamações na garganta; catarata; vermes chatos; diarreia; gengivites; hipertensão, infecções antibacterianas; queimaduras e na cicatrização de feridas cutâneas e de mucosas como a estomatite aftosa, mais conhecida como afta. Diversos microrganismos estão relacionados a feridas e a resistência à maioria dos agentes antimicrobianos convencionais é uma realidade preocupante. Neste sentido é necessária a busca por alternativas de tratamentos que visem o combate desses microrganismos patogênicos e o reparo da lesão. O objetivo desse trabalho foi avaliar por meio de testes qualitativos a presença de taninos em extratos produzidos das cascas de frutos da Romã. Os extratos foram obtidos a partir das cascas dos frutos que foram secas e trituradas e em seguida incorporadas em solução etanol 70% na proporção 1:10 de casca:solvente, com agitação leve por 48h. Filtrou-se e concentrou-se os extratos em banho-maria digital por sete dias. Os mesmos passaram por testes qualitativos em que utilizou-se a quantidade de 2 mL da extração em três tubos de ensaio. No primeiro tubo foram adicionadas duas gotas de HCl diluído e solução de gelatina a 2,5% em gotas; no segundo tubo adicionou-se 5 mL de água destilada e 4 gotas de solução de FeCl 3 a 2% e no terceiro tubo continha somente o extrato como controle. Os resultados dos testes qualitativos comprovaram a presença de taninos demonstrado pela formação de precipitado branco leitoso no primeiro tubo e a presença de taninos hidrolisáveis e outros polifenóis como flavonoides pela coloração azul marinho escura, obtida no tubo que continha solução de FeCl 3 . Estudos apontam que os taninos auxiliam no processo de cura de feridas, queimaduras e inflamações por meio da formação de uma camada protetora (complexo tanino-proteína) sobre a pele ou mucosa que foi danificada. O que pode ser um dos mecanismos responsáveis pelas atividades biológicas da romã.



Palavras-chaves:  capacidade cicatrizante, identificação de taninos, Romã