PERCEPÇÃO DOS MÉDICOS DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL (PMMB) DO INTERIOR DO CEARÁ EM RELAÇÃO SEGURANÇA AO MANEJO DOS PACIENTES COM TUBERCULOSE
HELLEN LIMA ALENCAR 1, ELYSYANA BARROS MOREIRA1, LEONARDO PEREIRA TAVARES1, JUCIER GONÇALVEZ JÚNIOR1, LUIZ OSMAR PINHEIRO JÚNIOR1, ANDREA ROSIENNE MONTEIRO NASCIMENTO1, SANDRA BARRETO FERNANDES DA SILVA1, FRANCISCO CARLEIAL FEIJÓ DE SÁ1, CLÁUDIO GLEIDISTON LIMA DA SILVA1, EMMANUELA QUENTAL CALLOU DE SÁ1
1. UFCA - Universidade Federal do Cariri, 2. UFC - Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza. Programa de Residência em Clínica Médica
hellenlimalencar25@gmail.com

A Tuberculose (TB) é reconhecidamente um grave problema de saúde pública. A OMS a reconhece como a doença infecciosa de maior mortalidade no mundo, superando o HIV e a Malária juntos. Essa pesquisa teve por objetivo investigar a percepção dos médicos bolsistas do Programa Mais Médicos para o Brasil (PMMB) no interior do Ceará em relação a segurança em diagnosticar, tratar e acompanhar os pacientes com Tuberculose. Trata-se de um estudo de corte transversal, que possuiu como metodologia uma análise com médicos bolsistas do PMMB que atuam em 30 municípios das macrorregiões de saúde Cariri e Centro Sul do Ceará, através de questionário padronizado confeccionado por supervisores e tutores do PMMB, coletado em novembro de 2017. Responderam ao questionário 202 médicos (93,5% do total), 98% destes sentem-se seguros quanto a realização do diagnóstico de TB. Os 2% que não se sentem, justificaram que: “seria bem mais fácil se a Secretaria de Saúde local, promovesse cursos de atualização e manejo dessas doenças infectocontagiosas”. 85,1% dos médicos sentem-se seguros quanto a orientar e tratar em caso do surgimento das reações do tratamento para TB e os 14,9% que não se sentem, disseram que: “nunca teve paciente com reações que precisassem de tratamento, pelo tempo sem praticar, não me sinto seguro quanto ao tratamento das reações”; “consigo conduzir a maioria das reações, mas precisa de orientação especializada para as mais raras”; “tem dificuldade para tratar uma reação adversa ao tratamento”. 98% dos médicos sentem-se seguros em relação ao acompanhamento dos pacientes com TB na UBS, enquanto 2% não se sentem por “não terem nenhum caso na unidade e, quando tem algum, eles são acompanhados pelo centro de saúde do município”. Desse modo, no Brasil, o Programa Nacional de Controle da TB implantou a política do Tratamento Diretamente Observado, cujos objetivos principais são: desenvolver vínculo com o usuário, estimular a adesão terapêutica e elevar as taxas de cura. No presente estudo, um percentual elevado de médicos se sentiu seguro em relação ao diagnóstico, acompanhamento e tratamento da Tuberculose e suas complicações. O combate à TB exige uma abordagem ampla, não restrita a ações curativas, mas direcionada a políticas ousadas, como a proteção social ao indivíduo com a doença. Nesse processo, é importante que os profissionais se sintam seguros em relação ao acompanhamento desses pacientes.



Palavras-chaves:  Programa Mais Médicos para o Brasil, Tratamento, Tuberculose